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Preço da celulose dispara e ações da Suzano (SUZB3) entram em destaque

Reajuste maior será para América do Norte, encarecendo em US$ 40 a tonelada

Preço da celulose dispara e ações da Suzano (SUZB3) entram em destaque
(FOTO:Divulgação)

Beth Moreira – A Suzano anunciou novos aumentos no preço da celulose de fibra curta, a partir de 1º de julho, informa o Bradesco BBI citando dados da RISI. Segundo o banco, a empresa está estabelecendo um aumento de preço de US$ 20/t na Ásia (sem nível de preço divulgado, mas provavelmente para US$ 860/t), um aumento de US$ 30/t na Europa (preços de tabela chegando a US$ 1.380/t) e um aumento de US$ 40/t /t na América do Norte (subindo os preços de tabela para US$ 1.610/t).

Em relatório, os analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder afirmam que outra rodada de aumentos de US$ 20-30/t no preço da celulose não pode ser descartada devido às condições de oferta apertadas e à demanda ainda saudável.

Segundo os profissionais, interrupções de fornecimento continuam a ocorrer, como o acidente na fábrica OKI da APP, dificultando os embarques (provavelmente 6 meses para normalizar); o impacto de cerca de 800 mil toneladas no fornecimento de celulose de fibra curta devido à menor produção finlandesa; e embarques de celulose canadenses impactados por restrições logísticas ferroviárias.

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“A iniciativa de aumento de preços da Suzano corrobora nossa visão mais positiva e fora do consenso sobre a dinâmica do mercado de celulose para o restante de 2022 e 2023, sustentado pelo contínuo desempenho inferior da oferta, reabastecimento do consumidor (principalmente fabricantes de papel chineses) e implementação gradual de aumento de preço do papel, à medida que a atividade aumenta na China“, destacam.

Os analistas esperam que os preços de celulose superem amplamente as expectativas do mercado. “Nossas estimativas de preço de celulose de fibra curta em US$ 775/t e 730/t em 2022/23 é muito maior do que o consenso em cerca de US$ 700/600/t”, afirmam.

Suzano é a principal escolha do banco no setor, com recomendação outperform (equivalente a compra) e preço-alvo de R$ 80, o que representa um potencial de alta de 75,3% sobre o último fechamento.