

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa, TAEE11) encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido consolidado IFRS de R$ 365,2 milhões, queda de 2,5% ante o apurado no mesmo intervalo de 2024.
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A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa, TAEE11) encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido consolidado IFRS de R$ 365,2 milhões, queda de 2,5% ante o apurado no mesmo intervalo de 2024.
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Já o lucro líquido regulatório somou R$ 188,3 milhões no primeiro trimestre de 2025, montante 0,7% menor frente ao apurado em igual etapa do exercício passado. Esse critério é muito avaliado pelos investidores e analistas por refletir melhor o fluxo de caixa da empresa, uma vez que o resultado em IFRS utiliza o conceito de trazer a valor presente todas as receitas futuras garantidas pelos contratos de concessão.
Assim, pelo padrão IFRS pesou a redução de R$ 106,7 milhões na margem de implementação de infraestrutura, devido ao atraso do licenciamento ambiental do projeto Ananaí no ano passado, o que afetou não só o cronograma de entrega como também a revisão do Capex (investimento) do projeto.
Já pelo critério regulatório, o impacto negativo veio da queda de 9,3%, ou cerca de R$ 10 milhões, na equivalência patrimonial, para R$ 98,5 milhões, fruto de um evento pontual de baixa de impostos diferidos em uma das participadas, ETAU, registrado no primeiro trimestre de 2024.
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A receita líquida IFRS cresceu 34,7% entre janeiro e março, na comparação anual, para R$ 982,9 milhões, enquanto pelo critério regulatório a receita aumentou 3,8% no mesmo período, para R$ 597,9 milhões.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) IFRS somou R$ 605,1 milhões, alta de 8,8% frente o reportado no primeiro trimestre do ano passado. Já pelo critério regulatório, o avançou 6,9%, para R$ 509,6 milhões, com margem de 85,2%, alta de 2,4 pontos porcentuais.
Em entrevista ao Broadcast, a diretora Financeira e de Relações com Investidores da Taesa, Catia Pereira, destacou que a melhora da margem Ebitda vem em decorrência do aumento da receita pela entrada em operação do projeto Pitiguari e pelo reconhecimento de reforços na Novatrans, como também pela redução dos custos.
A Taesa registrou redução na linha de custos e despesas de 10,8%, para R$ 88,3 milhões. Parte dessa redução, no entanto, teve origem de eventos não recorrentes no primeiro trimestre. Excluindo esses itens, a queda foi de 0,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, abaixo da inflação de 5,5% dos últimos 12 meses. A margem Ebitda recorrente ficou 85,2% ante 84,9% um ano antes.
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“Isso demonstra como a companhia está trabalhando com o foco em eficiência, uma agenda que começou no ano passado e que a gente vem implementando ao longo deste ano”, disse.
Catia destacou ainda iniciativas de otimização e centralização de contratos, tanto na frente de suprimentos quanto de serviços compartilhados. “Ainda tem coisa para fazer, então não chegamos no nosso limite, mas já conseguimos ver o resultado quando comparamos com o impacto de inflação, que não está sendo repassado”, disse.
Segundo ela, a expectativa da atual gestão da companhia é que o ganho de eficiência seja uma constante ao longo do ano. No entanto, a executiva alerta que o desempenho de Opex (despesas operacionais da empresa) visto no primeiro trimestre não pode ser interpretado como uma tendência para os próximos períodos, uma vez que algumas despesas que estavam programadas não ocorreram e devem acontecer mais pra frente.
Ainda assim, a executiva reiterou indicação anteriormente já feita de que o custo da companhia deve aumentar abaixo da inflação em 2025. “Pode ser que seja melhor ainda, mas a gente não está dando esse guidance, porque ainda está fazendo essa reorganização”, disse, citando a implementação do centro de serviços compartilhados (CSC) e de nova versão do SAP, a ser feita até o terceiro trimestre.
A Taesa encerrou o primeiro trimestre com uma alavancagem de 4,1 vezes dívida líquida sobre Ebitda e Catia reiterou a perspectiva de elevação do indicador, diante dos desembolsos previstos para fazer frente aos projetos em andamento.
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A companhia possui atualmente cinco projetos de reforços de melhorias e novos (greenfield) em andamento, alguns dos quais devem entrar em operação entre este ano e 2026. Com isso, a partir do ano que vem, a empresa entrará em trajetória de desalavancagem.
“Temos essa alavancagem já contratada, são R$ 400 milhões que vão integrar a nossa base a partir de 2026, algo em 2025, então a gente vai ficar com alguma pressão, com alavancagem superior a 4 vezes, mas em 2026 a gente vê a alavancagem voltando a patamares anteriores ao praticado pela Taesa (TAEE11)“, disse.
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