As empresas da B3 perderam, juntas, R$ 141,8 bilhões em valor de mercado desde o dia 2 de abril, data em que o presidente Donald Trump anunciou seu pacote tarifário. No fim desta quinta-feira (10), a capitalização total das companhias da Bolsa brasileira somava R$ 4,08 trilhões, ante os R$ 4,22 trilhões registrados no início do mês. Os dados são de Einar Rivero, CEO e sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.
No centro dessa queda, está a Petrobras (PETR3;PETR4), responsável por mais da metade da perda total do mercado no período. A petroleira viu seu valor recuar R$ 88,7 bilhões em apenas oito dias, atingindo R$ 417,6 bilhões. Nesta quinta-feira, as ações da estatal ficaram entre as maiores quedas diárias do Ibovespa, tombando mais de 6%.
Como mostramos nesta matéria, os preços do petróleo têm sofrido com o anúncio tarifário de Trump. A preocupação dos investidores é de que a guerra comercial provoque uma recessão global e enfraqueça a demanda pela commodity. Além disso, a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+, de acelerar o aumento da produção a partir de maio intensificou ainda mais os temores em torno de um possível desequilíbrio entre oferta e demanda.
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Outra empresa brasileira que viu seu valor de mercado despencar nos últimos dias foi a Vale (VALE3), com um recuo de R$ 17,7 bilhões. A mineradora encerrou esta quinta-feira (10) valendo R$ 225,3 bilhões, contra os R$ 243,018 bilhões observados em 2 de abril.
Fechando o pódio das maiores perdas da B3 está a Prio (PRIO3), com R$ 5,5 bilhões a menos em valor de mercado, totalizando R$ 27 bilhões. As ações da empresa lideraram as perdas do Ibovespa nesta quinta-feira, encerrando o pregão com um tombo de 8,13%, depois de os preços do petróleo derreterem mais de 3% no exterior.
Outros setores estratégicos também sentiram o baque. O Banco do Brasil (BBAS3) perdeu R$ 4,5 bilhões; a Gerdau (GGBR4), quase R$ 3,5 bilhões; e a operadora Tim (TIMS3), R$ 2,6 bilhões. No segmento de petróleo, a Brava Energia (BRAV3) foi outra companhia afetada, sofrendo uma desvalorização de R$ 2,92 bilhões.
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No total, as dez empresas da B3 com maiores perdas desde o tarifaço de Trump somaram R$ 133,5 bilhões em desvalorização, representando 94% da queda total da Bolsa brasileira.
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