Os juros futuros operam em queda nesta volta do feriado de Corpus Christi, determinada pelo exterior.
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A leitura positiva do índice de preços de gastos com consumo (PCE, em inglês) dos EUA em abril alivia a curva de rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa) e o mercado aqui acompanha, até porque as taxas vinham subindo bastante ao longo da semana, deixando espaço para correção.
O índice cheio ficou em linha com o estimado, com alta mensal de 0,3% e interanual de 2,7%, enquanto o núcleo mostrou alta de 0,2%, ligeiramente abaixo do previsto (0,3%), com acumulado de 2,8%.
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“A divulgação do PCE desta sexta-feira (31) incrementa a probabilidade de assistirmos mais cortes de juros este ano do que o antevisto pelos ativos”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
No monitoramento do CME Group, a chance de corte de juros até setembro estava em 54,9%. Até o fim do ano, o quadro era dividido entre apenas uma redução de 25 pontos-base (38,6%) e duas (34,4%).
O movimento de queda, porém perdeu força ao longo da manhã, com a piora do câmbio e expectativas com relação ao Boletim Focus, que sai na segunda-feira (3), e que poderá trazer nova elevação nas medianas de IPCA.
O dólar chega ao fim da manhã em alta de 0,86%, aos R$ 5,2526. O mercado também avalia a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Valor Econômico.
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Ele afirmou que em nenhum momento o governo cogitou mudar a meta de inflação, e que a declaração sobre a meta “exigentíssima” foi um elogio ao trabalho conjunto da Fazenda e do Banco Central, “que resulta em crescimento com baixa inflação”.
Também chamou a atenção a declaração segundo a qual o Banco Central conversa “infinitamente mais com o mercado financeiro do que com a Fazenda”. “Às vezes dá impressão de que conversar com a Fazenda é um pecado e conversar com o mercado o dia inteiro não é”, disse. “Os diretores do BC conversam quase todo dia com gente de mercado e, vez ou outra, com técnicos da Fazenda”, acrescentou Haddad.
Às 11h58, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 tinha taxa de 10,420%, estável ante o ajuste de quarta-feira (29), e a do DI para janeiro de 2027, taxa de 11,20%, de 11,23%. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 11,71%, de 11,72%.