O número de brasileiros que investem no Tesouro Direto, programa do governo para negociação de títulos públicos, cresceu em 2023. No ano, 4.435.438 novos investidores se cadastraram na plataforma, que atingiu a marca de 26.918.583 investidores ao final de dezembro, conforme mostram os dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29).
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Com o lançamento do Tesouro Educa+, título voltado para financiar gastos com a formação educacional de crianças e adolescentes, também foi observado um crescimento de investidores cadastrados na faixa etária de até 15 anos. Em dezembro de 2023, 8,0% do total de novos usuários cadastrados estavam nessa faixa etária, sendo que os jovens dessa idade correspondem a 0,8% do total de investidores do programa.
Em 2023, foi registrado um aumento de 83% no número de contas ativas de crianças e adolescentes (menores de 18 anos), chegando a 28.426 contas ao final do ano. Vale lembrar que não existe idade mínima para a abertura de conta de investimento no Tesouro, sendo que o representante legal pode solicitar o processo a qualquer momento.
Operações
Durante o mês de dezembro de 2023, foram realizadas 600.651 operações de investimento em títulos do Tesouro, no valor total de R$ 3,23 bilhões. No período, os resgates foram de R$ 2,38 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 848,9 milhões. O valor médio por aplicação foi de R$ 5.376,50, sendo que os investimentos de até R$ 1 mil representaram 63,2% das operações no mês.
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Com o resultado de dezembro, o total de vendas atingiu R$ 46,6 bilhões em 2023, aumento de 9,9% em relação a 2022. No último ano, foram realizadas 7,148 milhões de operações de investimento, representando um aumento de 6,2% em comparação a 2022, com valor médio por operação de R$ 6.522,38.
Títulos mais procurados
Considerando os resultados de dezembro, o título mais demandado pelos investidores no mês foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic) que totalizou, em vendas, R$ 2,27 bilhões, isto é, 70,3% do total. As opções associadas à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) somaram R$ 666,7 milhões, 0,6% das vendas totais.
Enquanto isso, os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 292,2 milhões, 9,0% do total.
Nas recompras (resgates antecipados), também predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,56 bilhão. As opções remuneradas por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) totalizaram R$ 562,8 milhões e os prefixados, R$ 254,3 milhões.
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre cinco e dez anos, que alcançaram 53,5% do total. As aplicações em títulos com vencimento mais longo, acima de 10 anos, representaram 12,7%, enquanto os títulos com vencimento de um a cinco anos corresponderam a 33,8% do total.