

A TIM (TIMS3) e o C6 colocaram, nesta terça-feira (11), um ponto final na parceria firmada em 2020 e que se tornou uma grande briga entre as partes, com abertura de processo arbitral que se arrastava em 2021.
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A TIM (TIMS3) e o C6 colocaram, nesta terça-feira (11), um ponto final na parceria firmada em 2020 e que se tornou uma grande briga entre as partes, com abertura de processo arbitral que se arrastava em 2021.
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Por meio do acordo, os clientes da TIM que abriam uma conta no C6 ou pagavam suas recargas e faturas por lá ganhavam bônus no pacote de dados. Tratava-se de um incentivo para aumentar a base de usuários no banco digital.
Em troca, a operadora recebia o direito de subscrever ações do C6. A fatia no bolo aumentava à medida que a tele encaminha clientes para o parceiro.
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O C6, porém, acusava a TIM de não realizar todos os investimentos necessários para fazer propaganda da parceria e impulsionar a conversão de clientes. A partir daí, pediu a rescisão do acordo – o que foi refutado pela operadora, indo parar no centro de arbitragem.
Hoje, as partes comunicaram um acordo para encerrar o processo e desfazer a parceria. A TIM receberá R$ 520 milhões (pré-imposto) em troca da transferência de sua participação e direitos no banco.
“A parceria acaba, agora cada um vai por si”, afirmou o presidente da TIM, Alberto Griselli, durante teleconferência com jornalistas após publicação do balanço do quarto trimestre. A TIM informou também ter obtido uma receita bruta de R$ 280 milhões ao longo da parceria.
“O acordo prevê a extinção de todas as disputas, incluindo as arbitragens em curso desde 2021. Com isso, a TIM deixará de deter qualquer participação societária no banco”, declarou o C6, por meio de nota à imprensa.
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A parceria será oficialmente desfeita após as aprovações regulatórias, esperadas para cerca de dois a três meses, segundo expectativa manifestada pela direção da TIM. As partes afirmaram ainda que os benefícios oferecidos aos clientes de cada um dos lados serão mantidos.
O vice-presidente de Novos Negócios e Inovação da TIM, Renato Ciuchini, afirmou que o fim do pacto com o C6 permitirá à operadora ir atrás de outras parcerias com agentes do setor financeiro. O foco, agora, será a área de investimentos e crédito, e não mais em meios de pagamento ou transferência de dinheiro, como era feita até aqui.
“Não acreditamos mais em solução de carteira digital, e sim em investimento e crédito. É isso que vamos buscar com novos parceiros de mercado”, disse Ciuchini, na teleconferência. Ele observou que o Pix enterrou as ferramentas de transferência de dinheiro e pagamentos, que antes faziam sentido porque substituam DOC e TED, que geravam despesas aos usuários. “Antes tinha custo de transferência de dinheiro, hoje tem o Pix. As carteiras financeiras acabaram”.
Por sua vez, o C6 não vislumbra atrair novos sócios. Questionado sobre o tema, respondeu que, no momento, o banco não tem planos para isso.
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