O Goldman Sachs atualizou suas projeções de resultados para a TIM (TIMS3), com leve redução do preço-alvo de R$ 18,70 para R$ 18,00 em 12 meses, mas com manutenção da recomendação neutra para as ações (perspectiva de desempenho em linha com o mercado). O novo preço-alvo representa um potencial de valorização de 5,1% ante o fechamento do papel no pregão da última quarta-feira (15).
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O ajuste na projeção incorpora os resultados do balanço do primeiro trimestre de 2024, bem como as informações macroeconômicas mais recentes, afirmaram os analistas Vitor Tomita e Milenna Okamura, em relatório.
De modo geral, as estimativas dos analistas para a receita e para o lucro operacional (Ebitda) da TIM no ciclo de 2024 a 2026 ficaram praticamente inalteradas. Entretanto, a previsão para o lucro líquido foi diminuída em cerca de 8% a 10% a cada ano devido à expectativa de despesas financeiras acima do inicialmente esperado, além de uma análise mais conservadora para as linhas de arrendamentos e contas a receber.
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Os analistas do Goldman Sachs observaram que as ações da TIM tiveram uma oscilação grande no último mês. Primeiro, foi vista uma queda significativa após a divulgação do balanço. Depois, houve uma recuperação igualmente relevante, compensando a queda.
Na avaliação dos profissionais, não houve gatilhos baseados em fundamentos para o sobe e desce das ações. Há, porém, alguns pontos na operação da TIM a serem monitorados.
O primeiro ponto é o mix das receitas do serviço móvel. O acréscimo do roaming internacional ajudou a engordar a receita do setor móvel. Por outro lado, a receita média por usuário (Arpu) das linhas pré-pagas ficou estável na comparação com o início de 2023 e inferior ao visto no fim de 2023, a despeito dos reajustes de preços das recargas de lá para cá. Isso ocorreu pelas migrações de usuários pré-pagos com Arpu mais altos para os planos pós-pagos, observaram os analistas.
O segundo ponto a ser monitorado é a necessidade de capital de giro da TIM. Foi notado que o prazo des recebimentos aumentou no primeiro trimestre, enquanto o prazo de pagamentos diminuiu, impactando a geração de caixa. Entram aí fatores sazonais, mas também efeitos de aumento nas vendas de aparelhos.
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“Acreditamos que as tendências do Arpu pré-pago e a dinâmica das contas a receber merecem atenção à medida em que o mix de assinantes da TIM continua a mudar para o pós-pago, o que impacta o mix de clientes pré-pagos e aumenta a exposição ao risco de inadimplência no pós”, descreveram os analistas.
“Também permanecemos cautelosos quanto às perspectivas de longo prazo para o Arpu do segmento móvel, dada a entrada de concorrentes menores no mercado móvel e possíveis medidas regulatórias para incentivar a concorrência no segmento”, acrescentaram.