A ferramenta do Banco Central Europeu para combater o aumento dos rendimentos da dívida governamental em alguns países da zona do euro não deve interferir no objetivo do banco de controlar a inflação, disse nesta quarta-feira o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos.
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“Os instrumentos de fragmentação não devem interferir na abordagem geral da política monetária, que deve se concentrar no combate à inflação”, disse De Guindos a um evento financeiro na Espanha.
Em uma reunião de emergência na semana passada, o Banco Central Europeu decidiu direcionar o reinvestimento dos títulos para ajudar países da região sul do bloco e conceber um novo instrumento para conter a divergência nos custos dos empréstimos.
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Guindos disse que a implementação de um instrumento específico para evitar a fragmentação “permitirá que a política monetária aja com mais força para reduzir a inflação em direção ao caminho definido pelo BCE” de uma meta de 2% a médio prazo.
O BCE sinalizou aumentos futuros dos juros para reduzir a inflação, que atingiu um recorde de 8,1% no mês passado na zona do euro.
No mesmo evento, a ministra espanhola da Economia, Nadia Calvino, disse que ela e seus colegas da UE não discutiram as condições de uma ferramenta antifragmentação na semana passada.