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EUA: possível alta de juros mantém investidor cauteloso com títulos

Rendimentos de títulos da dívida corporativa estão próximos dos máximos de mais de uma década

EUA: possível alta de juros mantém investidor cauteloso com títulos
Foto: Envato Elements

Os rendimentos de títulos da dívida corporativa estão próximos dos máximos de mais de uma década e a economia está fervendo. Entretanto, alguns investidores ainda acham que os títulos de empresas de primeira linha dos Estados Unidos são uma má aposta.

Sua cautela decorre do ágio relativamente escasso oferecido pelos títulos corporativos em relação à dívida do governo dos EUA, que também está pagando alguns de seus rendimentos mais generosos dos últimos 15 anos. O rendimento de 5,7% dos títulos corporativos com grau de investimento – entre os mais altos desde 2009, segundo dados do índice Intercontinental Exchange – parece menos atraente ao lado dos rendimentos acima de 5% de alguns dos Treasuries, disseram vários investidores.

Com grande parte de Wall Street esperando uma recessão, alguns investidores dizem que a compensação extra pela compra de títulos corporativos, conhecida como spread, não é suficiente.

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A inadimplência em títulos corporativos com grau de investimento continua extremamente rara. Em vez disso, o principal risco é que o aumento das taxas de juros ou um declínio nas condições de negócios possam derrubar o preço de mercado de um título que um investidor queira vender antes de seu vencimento. Os rendimentos aumentam quando os preços dos títulos caem.

Ainda assim, investidores cautelosos dizem que os riscos são abundantes, especialmente considerando que a inflação persistente provavelmente forçará o Federal Reserve (Fed) a continuar com seus aumentos nas taxas de juros nas próximas reuniões. Os pessimistas apontam que o mercado imobiliário desacelerou, os lucros corporativos diminuíram ano a ano no quarto trimestre de 2022 e que pode levar meses para que os efeitos totais dos aumentos das taxas do Fed atinjam a economia.

Se uma recessão começar a parecer mais provável, os investidores dizem que os spreads dos títulos corporativos provavelmente aumentariam, criando problemas para os detentores desses títulos, já que seus preços têm desempenho inferior aos dos títulos dos Treasuries.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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