- As transações bancárias no Brasil tiveram um crescimento anual de 30% em 2022, o maior de sua história
- Os dados são do 2° volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada pela Deloitte e divulgada nesta quarta-feira (28)
- A taxa de crescimento foi influenciada principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta anual de 54% no número de operações realizadas pelos clientes
As transações bancárias no Brasil tiveram um crescimento anual de 30% em 2022, o maior de sua história. No ano, foram realizadas 163,3 bilhões de operações nos canais de atendimento disponibilizados pelos bancos, sendo que 8 em cada 10 ocorreram digitalmente.
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Os dados são do 2° volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada pela Deloitte e divulgada nesta quarta-feira (28), em coletiva de imprensa no Febraban Tech 2023, o maior evento de TI da América Latina.
A taxa de crescimento foi influenciada principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta anual de 54% no número de operações realizadas pelos clientes, alcançando 107,1 bilhões. Sozinho, o celular foi responsável por 66% de todas as operações feitas no País em 2022.
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Para Sergio Biagini, sócio-líder para a indústria de Serviços Financeiros da Deloitte, a pesquisa pode direcionar as estratégias futuras das instituições financeiras no mercado. “A adoção do canal mobile pela pessoa física já é massiva e agora observamos um movimento de forte adoção também pelo cliente pessoa jurídica. Isso reflete os investimentos feitos pelo setor para atender a qualquer tipo de público e segmento pelo meio digital”, afirma.
Pela primeira vez, a pesquisa também trouxe dados sobre as transações bancárias feitas pelo recurso de pagamentos do Whatsapp. Segundo o estudo, 50% dos 18 bancos respondentes oferecem o canal para transações, sendo que, em um ano, as operações cresceram 531%, atingindo o total de 56,2 milhões.
Uma parte considerável (37%) dos processos feitos por WhatsApp são pagamentos via Pix, enquanto 29% das operações representam renegociações de dívidas. Dentre as transações não financeiras, as consultas de saldos e extratos (24%), bem como as de cartão de crédito (10%), foram as operações mais efetuadas.
Em direção oposta, as transações feitas pelos brasileiros nas agências bancárias passaram de 3,3 bilhões, em 2021, para 3,2 bilhões, em 2022. Hoje, o canal é responsável por apenas 2% do total de operações. “Os resultados reforçam, mais uma vez, que a cada ano temos mais adesões de brasileiros pelos canais digitais, demonstrando a inovação, segurança, acessibilidade e confiabilidade destes meios nas transações bancárias do dia a dia”, destaca Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Em relação ao Pix, o volume de transações por essa via observou um forte crescimento entre 2021 e 2022: de 5,7 bilhões para mais de 11,7 bilhões, um aumento de 105%. Já as transações feitas por Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC) registraram perda de 29% no mesmo período. Em maio deste ano, a Febraban chegou a decretar o fim do DOC, previsto para o início de 2024.
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De acordo com Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban, o Pix também registrou crescimento expressivo no número de usuários que realizam no mínimo 30 transações instantâneas por mês, os chamados heavy users (usuários pesados, em tradução livre).
“Desde que o Pix entrou em funcionamento, os volumes significativos de transações e de adesões de clientes à ferramenta comprovam a eficiência e aceitação do meio de pagamento. Com a expansão de novas modalidades previstas na agenda regulatória, avaliamos que as transações tendem a aumentar ainda mais e fazer com que comércios e serviços ampliem a utilização da ferramenta”, afirma Mulinari.