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Juros dos Treasuries fecham em alta, com apostas sobre corte de juros do Fed

Os mercados aguardam a divulgação de indicadores nos próximos dias para calibrar as expectativas

Juros dos Treasuries fecham em alta, com apostas sobre corte de juros do Fed
(Foto: Envato Elements)

Os juros longos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) avançaram nesta terça-feira (23), em mais uma dia de agenda econômica esvaziada no exterior em que investidores continuaram reduzindo as apostas em cortes de juros agressivos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ao longo deste ano.

No fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 4,376%, o da T-note de 10 anos aumentava a 4,145% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,371%.

Sem a referência dos dirigentes do Fed, em silêncio obrigatório antes da decisão da próxima semana, os mercados aguardam a divulgação de indicadores econômicos nos próximos dias para calibrar as expectativas.

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Na quinta-feira (25), o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre fornecerá um sinal sobre a narrativa do pouso suave nos EUA, enquanto, na sexta-feira (26), o foco se volta para a inflação PCE de dezembro, métrica inflacionária preferida do Fed.

Antes dos indicadores, a curva futura já vem diminuindo a precificação por afrouxamento monetária este ano. A ferramenta de monitoramento do CME Group aponta apenas 47,4% de chance do Fed cortar juros em março, comparado com quase 90% em meados de dezembro. Para o fim do ano, há uma divisão entre o cenário de redução acumulada de 100 pontos-base (33,7%) e de 125 pontos-base (34,8%).

Mesmo assim, o Danske Bank ainda considera exageradas as perspectivas de operadores, que deixam em segundo plano os sinais de inflação persistente. “Particularmente no curto prazo, vemos um risco de uma moderação significativa na precificação do mercado por cortes nos juros potencialmente empurrando os rendimentos longos temporariamente para cima”, prevê.

O banco também atribui a escalada recente dos retornos da renda fixa americana a fatores de mercado e ao avanço na emissão de dívida nos EUA neste começo de 2024.

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À tarde, um leilão de US$ 60 bilhões em T-notes de 2 anos do Departamento do Tesouro dos EUA teve demanda abaixo da média, de acordo com o BMO Capital Markets, mas inspirou reação insignificante nas mesas de operações.

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