Os rendimentos dos Treasuries subiram nesta quarta-feira (24), enquanto sinais de resiliência da economia dos Estados Unidos fortalecem a tese de que o Federal Reserve (Fed) terá que ser comedido no processo de relaxamento monetário. A pressão arrefeceu levemente após leilão do Tesouro dos EUA, mas o movimento foi insuficiente para jogar as taxas ao território negativo.
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Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos avançava a 4,926%, o da T-note de 10 anos aumentava a 4,642% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,773%. A curva futura está dividida em relação aos próximos passos da política monetária americana.
No fim da tarde, o mercado apontava chances similares de o Fed promover apenas 1 ou duas reduções dos juros este ano, conforme indicava a plataforma de monitoramento do CME Group. O ambiente de maior prudência reflete os indícios de que a maior economia do planeta permanece muito forte, o que tende a dificultar a volta da inflação à meta.
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Nesta manhã, o Departamento do Comércio revelou que as encomendas de bens duráveis saltaram 2,6% em março ante fevereiro, mais que o esperado por analistas. Após a divulgação do indicador, as vendas de Treasuries se acentuaram. À tarde, o Departamento do Tesouro leiloou o volume recorde de US$ 70 bilhões em T-notes de 5 anos e a operação inspirou demanda só um pouco abaixo da média recente. Os juros dos Treasuries até chegaram a reduzir ganhos, mas o ímpeto ficou limitado.
Agora, as atenções se voltam para a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que será divulgada amanhã. Segundo a mediana de estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o dado deve ter crescimento de 2,4% na leitura anualizada do primeiro trimestre, o que representaria uma desaceleração após a alta de 3,4% nos três meses finais de 2023.
Na visão do BMO Capital Markets, o foco principal estará na leitura trimestral do índice de preços de gastos com consumo (PCE), que é a métrica inflacionária preferida do Fed.