Os rendimentos longos dos Treasuries avançaram nesta quinta-feira (11), após dirigentes do Federal Reserve (Fed) reforçarem postura cautelosa em relação aos próximos passos da política monetária. Na ponta curta da curva, o retorno da T-note de 2 anos chegou a tocar brevemente em 5% pela primeira vez desde novembro passado, mas virou para baixo em seguida, na esteira de inflação ao produtor (PPI) abaixo do esperado.
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No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,941%, mas o da T-note de 10 anos subiam a 4,571% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,661%. Nas máximas do dia, os yields nos três principais vértices da curva voltaram a alcançar o pico desde novembro. O PPI dos EUA subiu 0,2% em março ante fevereiro, uma desaceleração após a alta mensal de 0,6% no mês anterior e também aquém da previsão de analistas consultados pela FactSet, que era de aumento de 0,3%.
Uma dia após o índice de preços ao consumidor (CPI) forte, o indicador ajudou a mitigar parte da pressão dos Treasuries, mas os juros longos voltaram a ganhar força no fim da manhã, em meio às falas de integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que os dados recentes “não aumentaram a confiança” em relação ao processo de desinflação nos EUA.
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Já o líder da regional de Nova York, John Williams, reiterou que o trabalho pela estabilidade de preços ainda não acabou. Em meio a esse cenário, vários analistas postergaram a previsão para o primeiro corte de juros do Fed. O Bank of America, por exemplo, agora prevê apenas uma redução de 25 pontos-base em dezembro. “Já não pensamos que os dirigentes ganharão a confiança necessária para começar a cortar em junho”, afirma.