Os juros dos títulos de curto prazo dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiam nesta segunda-feira (19), enquanto os longos davam continuidade à queda, à medida que os investidores reagiam a sinais de evolução nas negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O noticiário geopolítico ocupou espaço para precificação dos ativos diante da agenda esvaziada nesta segunda-feira e ajudou nos ajustes para o que pode ser o principal evento da semana: a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, na sexta-feira.
O juro da T-note de 2 anos subia de 4,058% no fim da tarde de sexta-feira para 4,069%. O rendimento da T-note de 10 anos retrocedia de 3,885% para 3,867%. O rendimento projetado no T-bond de 30 anos também mostrava baixa, passando de 4,141% para 4,117%.
O ambiente geopolítico ficou no radar após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmar, nesta segunda-feira, que Israel aceitou os termos da negociação sobre o conflito em Gaza e que o acordo agora depende do Hamas.
Os ajustes da curva dos Treasuries precedem a participação de Powell no simpósio Jackson Hole, que pode dar alguma pista sobre o tamanho do primeiro corte dos juros americanos, que muito provavelmente ocorrerá na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) de setembro.
Na semana passada, o Bank of America citou, em relatório, que enquanto os fundos dos Estados Unidos que buscam retorno total continuaram indicando que estão significativamente posicionados em “steepeners” – estratégias que apostam no alargamento do diferencial de rendimento entre títulos de diferentes vencimentos -, outros participantes do mercado reduziram essa popular estratégia na semana.
