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Treasuries fecham mistos após revisão de relatório dos EUA e ata do Fed

Expectativas sobre o possível relaxamento monetário pelo banco central também estiveram no radar

Treasuries fecham mistos após revisão de relatório dos EUA e ata do Fed
Juros e economia (Foto: Adobe Stock)

Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) terminaram a tarde desta quarta-feira (21) sem direção única ao longo da curva, após a significativa revisão para baixo na criação de empregos nos Estados Unidos e a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pavimentarem o caminho para corte de juros em setembro, na véspera do simpósio de Jackson Hole.

Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 3,930%, o da T-note de 10 anos recuava a 3,794% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,068%.

Após cerca de 30 minutos de atraso, o Departamento do Trabalho americano finalmente informou que a geração de postos de trabalho nos Estados Unidos foi 818 mil abaixo do que havia sido informado originalmente no ano encerrado em março, de acordo com estimativa preliminar.

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Para o analista Peter Cardillo, da Spartan, a revisão é negativa para as taxas da renda pública americana, uma vez que pode abrir espaço para que o Fed seja mais agressivo no processo de afrouxamento monetário.

À tarde, a ata do banco central americano mostrou que a “vasta maioria” dos dirigentes acredita que deve ser apropriado cortar juros no mês que vem se os indicadores evoluírem conforme o esperado. Segundo o documento, houve inclusive apoio para um corte já no encontro de julho, embora os participantes tenham votado de forma unânime pela manutenção.

Na esteira da ata e do payroll revisado, a curva futura ampliou a precificação por uma redução de 50 pontos-base nos juros em setembro, embora uma baixa de 25 pontos-base siga mais provável, conforme sugere a plataforma de monitoramento do CME Group.

A pressão sobre os rendimentos dos títulos públicos, contudo, arrefeceu nas horas seguintes à ata, enquanto investidores se posicionavam para o simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã. A expectativa é de que o presidente do Fed, Jerome Powell, chancele iminente abertura do ciclo de alívio monetário, sem se comprometer com os passos seguintes, como mostrou reportagem do Broadcast.

Com informações da Dow Jones Newswires

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