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Títulos públicos dos EUA tocam os menores níveis desde outubro e fecham em queda

A sessão de hoje foi reduzida por conta do feriado de Ação de Graças no país

Títulos públicos dos EUA tocam os menores níveis desde outubro e fecham em queda
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) recuaram nesta sexta-feira (29), chegando nos menores níveis desde o começo de outubro. A sessão foi reduzida por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, na véspera. Investidores avaliam as perspectivas para a continuidade dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), e o que o novo governo de Donald Trump deverá representar sob o ponto de vista fiscal.

No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,151%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,171% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,359%.

Na avaliação do Morgan Stanley, o nível dos rendimentos de 10 anos oferecia uma oportunidade de entrada “atraente”, considerando que as flutuações devem se manter entre 3,9% e 4,6%.

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Na visão do CIBC, ainda enfrentamos incertezas políticas preocupantes, mas podemos começar a ler os primeiros sinais dos líderes do Congresso do Partido Republicano e dos nomeados por Trump sobre a direção da política fiscal e tarifária.

Do lado orçamentário, os mercados pós-eleitorais preocuparam-se com o aumento das necessidades de financiamento do déficit e inicialmente aumentaram os rendimentos de longo prazo, aponta. “Os mercados também estão antecipando estímulos fiscais de curto prazo que suplantarão os cortes nas taxas da Fed no curto prazo da curva. O mercado Treasuries começou a repensar esse quadro e vemos mais coisas a ir nessa direção”, avalia.

A plataforma eleitoral de Trump implicaria déficit orçamentais muito maiores se fosse plenamente aprovada. “Mas há razões para acreditar que serão alcançados compromissos para evitar isso. O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, defendeu uma meta de 3% do déficit em relação ao PIB, aproximadamente metade do valor atual”, pondera o CIBC. O novo chefe do orçamento da Casa Branca, Russ Vought, descreveu o caminho atual como uma “situação fiscal insustentável”. Ele pediu a adoção de processos de repartição que, no passado, ajudaram a impor limites de gastos ao Congresso.