Os retornos dos Treasuries devolveram os ganhos registrados nesta semana hoje, acentuando queda após a divulgação dos dados de pedidos de auxílio-desemprego, que mostraram aumento acima do esperado, alimentando esperanças de que o Federal Reserve (Fed) seja menos agressivo em sua política monetária. Leilão de T-bonds realizado nesta tarde teve demanda abaixo da média e não estacaram o movimento baixista nos juros.
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,884%, o da T-note de 10 anos tinha queda a 3,925% e do do T-bond recuava a 3,876%.
Segundo a Navellier & Associates, os pedidos de auxílio-desemprego apontaram para um mercado de trabalho mais fraco e atenuaram as perspectivas de um aumento de 0,50 ponto porcentual nos juros do Fed neste mês. “Qualquer informação que dê motivo para o Fed moderar os aumentos é percebida pelos mercados, com esperanças de que, com mais tempo, os números da inflação irão cair”.
Já na visão da ANZ, a suavização do retorno dos Treasuries ocorre porque os dados podem indicar que “uma política monetária mais restritiva está sendo sentida e o Federal Reserve pode não ter tanto a fazer para conter a inflação do que previsto anteriormente”.
A chance de uma alta de 50 pontos-base (pb) caiu de 78,6% registrado ontem para 63,1%, segundo ferramenta do CME Group, por volta de 18 horas (de Brasília). Já a possibilidade de uma elevação de 25 pb aumentou de 21,4% para 36,9% no mesmo período.
Em análise, o BMO ainda aposta que, “exceto uma decepção considerável nos dados do payroll de fevereiro, prevemos que o relatório do CPI de terça-feira tenha o peso necessário para fazer com que o Federal Reserve (Fed) aumente o ritmo dos juros para 50 pontos-base se os dados ficarem acima das expectativas”.