Os juros dos Treasuries estenderam ganhos recentes e se firmaram acima de 4% nesta quinta-feira, à medida que sinais de inflação persistente fortalecem o argumento em favor de uma política monetária restritiva. A indicação do presidente do Federal Reserve (Fed) em Atlanta, Raphael Bostic, de uma possível pausa o aperto no verão americano até chegou a reduzir o avanço nos rendimentos, mas não reverteu a trajetória ascendente.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos aumentava a 4,895%, o da T-note de 10 anos subia a 4,068%, o do T-bond de 30 anos se elevava a 4,020%.
O custo unitário da mão de obra nos EUA cresceu no quarto trimestre em ritmo mais forte que o esperado, em mais um indício dos descompassos no mercado de trabalho que ajudam a impulsionar a inflação.
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Segundo o BMO Capital Markets, o dado impulsionou os prêmios remunerados pelos títulos públicos americanos, junto à queda no auxílio-desemprego e a aceleração do núcleo do índice de preços ao consumidor da zona do euro.
A avaliação nas mesas de operações é de que a maior parte dos indicadores recentes apontam para um quadro inflacionário ainda desafiador. “Os dados de inflação e atividade mais fortes do que o esperado alimentaram uma recuperação adicional nos rendimentos dos títulos do governo dos mercados desenvolvidos”, explica a Capital Economics.
A consultoria, no entanto, aposta em um recuo dos juros da renda fixa em prazo mais longo, diante da desaceleração da economia.