Os retornos dos Treasuries chegaram a cair em parte do dia, revertendo a alta do dia anterior, e inclusive renovaram mínimas nesta sexta-feira (14), com a crise política no Reino Unido em foco. Mais adiante, porém, os juros ganharam fôlego, com indicadores dos Estados Unidos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,515%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,019% e o do T-bond de 30 anos avançava a 3,985%.
A maior cautela logo cedo apoiou a compra dos bônus americanos, em meio a novidades na política do Reino Unido, que incluíram hoje a demissão do ministro das Finanças e mudanças nos planos fiscais do governo da premiê Liz Truss, que tenta acalmar os mercados. Ainda pela manhã, porém, o foco voltou aos EUA.
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Os retornos ganharam fôlego após a pesquisa da Universidade de Michigan mostrar sentimento do consumidor em 59,8 na preliminar de outubro, acima da previsão de 59 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Além disso, as expectativas de inflação em um ano avançaram de 4,7% em setembro a 5,1% na prévia de outubro, e as expectativas para a inflação no horizonte de cinco anos avançaram de 2,7% a 2,9% na mesma comparação.
Após dados de inflação nesta semana, as expectativas reforçaram apostas de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A presidente da distrital de São Francisco do Fed, Mary Daly, qualificou o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA nesta semana como “muito desapontador” e defendeu que continuem as elevações de juros. Em linha similar, Esther George (Kansas City) disse que o CPI mostrou que “ainda temos trabalho a fazer” no aperto monetário.