Os retornos dos Treasuries subiram hoje, com investidores atentos a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e também às negociações para a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos avançava a 4,276%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,696% e o do T-bond de 30 anos subia a 3,952%.
Os retornos recuavam no início da sexta-feira, após cinco sessões consecutivas de ganhos. A questão do teto da dívida do governo federal americano seguia como foco importante, em meio a relatos de que um acordo poderia estar próximo, mas sem garantias.
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O BMO Capital afirma que de fato a questão teve papel importante no mercado de Treasuries nesta semana. O banco de investimentos também aponta que a fala de hoje de Powell reforçou apostas de que o Fed pode manter os juros em junho. De fato, no monitoramento do CME Group a chance de manutenção avançava a 82,6% no fim desta tarde (de 64,4% ontem), enquanto a de alta de 25 pontos-base nos juros na próxima decisão recuava a 17,4% (de 35,6%).
Powell disse que o aperto no crédito bancário poderia levar a menos aperto da política monetária. Ao mesmo tempo, também demonstrou preocupação com a inflação ainda acima da meta, e apontou que ela mantém fôlego em serviços. Desse modo, Powell não deu indícios definitivos sobre os próximos passos do Fed, deixando as opções em aberto e enfatizando que o BC reagirá aos dados a cada reunião.
Para a Oxford Economics, o movimento dos Treasuries nesta semana sinaliza que investidores “começam a entender que é improvável um relaxamento do Fed neste ano”. A consultoria, porém, considerou os comentários de Powell como “menos hawkish”, tirando um pouco de fôlego dos retornos hoje.