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Treasuries: juros recuam, seguindo divulgação do CPI

O CPI trouxe perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir o aperto monetário em curso

Treasuries: juros recuam, seguindo divulgação do CPI
Foto: Envato Elements

Os rendimentos dos Treasuries tiveram forte queda hoje, seguindo a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro nos Estados Unidos. A desaceleração maior que a esperada por analistas da inflação trouxe as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir o aperto monetário em curso, inclusive já com aumento menor de taxas na reunião de dezembro. Ao longo do dia, dirigentes da autoridade se manifestaram, e reforçaram uma intenção de observar os dados da economia para dar prosseguimento ao processo de restrição. Neste cenário, um dos destaques foi o juro da T-note de 10 anos, que ficou abaixo dos 4%.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,315%, o da T-note de 10 anos perdia a 3,822% e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,056%.

O CPI subiu 0,4% em outubro ante setembro e 7,7% no confronto anual, enquanto o núcleo avançou 0,3% e 6,5% nas mesmas comparações. Todos os números ficaram 0,2 ponto porcentual abaixo da mediana das previsões coletadas pelo Projeções Broadcast, o que deu fôlego à visão de que o Fed vai desacelerar o aperto monetário no mês que vem para alta de 50 pontos-base (pb), após subir os juros em 75 pb nas últimas quatro reuniões. Segundo levantamento do CME Group, há 80,6% de chance para elevação de meio ponto porcentual em dezembro, contra 19,4% para alta de 75 pb. Ontem, os porcentuais para ambas as decisões eram de 56,8% e 43,2%, respectivamente.

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Neste cenário, a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, afirmou hoje que uma abordagem mais ponderada para o aumento de juros pode ser “particularmente útil”. Já a dirigente da distrital de São Francisco, Mary Daly, disse que é apropriado considerar o arrefecimento da trajetória de alta das taxas de juros. Segundo ela, os dados de inflação divulgados pela manhã são “boas notícias”. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, também avaliou que as notícias foram positivas, e que a inflação deve começar a desacelerar e atingir a meta de 2% em 2025. A dirigente da distrital de Dallas, Lorie Logan, avaliou que os dados foram um alívio, mas que “ainda há um longo caminho a percorrer”.

Ainda hoje, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que ofertou US$ 21 bilhões em T-bonds de 30 anos, com retorno máximo de 4,080%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,42 vezes, acima da média recente calculada pelo BMO, de 2,27 vezes.

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