Os retornos dos Treasuries caíram nesta sessão, reagindo à turbulência causada pelo Credit Suisse e em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed) seja mais brando nas suas próximas decisões de política monetária.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 3,899%, o da T-note de 10 anos tinha baixa a 3,476% e do T-bond de 30 anos cedia a 3,678%. A volatilidade dos juros atingiu os níveis mais altos em pelo menos três anos, superando níveis de março de 2020, devido à pandemia.
Os rendimentos dos Treasuries cederam em meio aos temores de crise sistêmica após o principal acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, descartar a possibilidade de oferecer assistência financeira ao banco, um dia após a instituição indicar fragilidades em suas demonstrações financeiras.
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A cautela aumentou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa ser menos rígido na sua política monetária, com o mercado contabilizando possibilidade de corte de juros até o fim do ano, segundo ferramenta do CME Group.
Os rendimentos também foram afetados por dados mistos dos Estados Unidos, que incluem o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que contrariou expectativas do mercado ao cair 0,1% entre janeiro e fevereiro, o índice de atividade industrial Empire State, com queda acima do esperado, e as vendas do varejo, que ficaram dentro do esperado.
Na visão do BMO, o aumento da volatilidade será um tema que irá definir o mercado de Treasuries nas próximas semanas. Segundo análise, há cautela “no movimento inicial mais acentuado na curva das T-notes de 2 e 10 anos, pois o mercado continua a questionar a sustentabilidade da determinação hawkish de Powell”.