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Treasuries: juros caem, após cautela com ata do Fed

Um leilão do Tesouro americano, que mostrou demanda acima da média, também prejudicou os juros

Treasuries: juros caem, após cautela com ata do Fed
Foto: Envato Elements

Os retornos dos Treasuries caíram hoje, pressionados pela cautela instaurada pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve(Fed), que indicou que as chances dos Estados Unidos entrarem em recessão em 2023 seguem elevadas. O documento sinalizou ainda que a instituição deve continuar sua trajetória de aperto monetário. Ademais, um leilão do Tesouro americano, que mostrou demanda acima da média, também prejudicou os juros.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,703%, o da T-note de 10 anos recuava a 3,927%, e do T-bond de 30 anos tinha queda a 3,928%.

O BMO destaca que a ata do BC americano não revelou muitas informações novas. “Enquanto alguns ‘poucos’ participantes favoreceram um aumento maior da taxa no início deste mês, o apoio ao movimento de um 25 pontos-base (pb) foi quase unânime. A ênfase na necessidade de aperto contínuo deixou os títulos para refazer um certo grau de seu rali anterior”, destaca o banco.

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Já o Jefferies pontua que a ata da reunião de 31 de janeiro a 1º de fevereiro foi bastante dura quando se considera que os dados econômicos divulgados nas últimas 3 semanas solidificam o potencial para mais aumentos de juros. “Aqueles a favor do aumento de 50 pb na taxa o fizeram porque isso traria a taxa dos Fed Funs para mais perto do nível restritivo que eles acham que trará a inflação de volta à meta. A ata não sugere que eles sejam a favor de maiores aumentos de juros daqui para frente, apenas que ‘os aumentos contínuos na meta serão apropriados'”, avalia.

Mais cedo, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, argumentou que é melhor ser mais “afiado” agora no ritmo do aperto, a fim de garantir que a inflação seja controlada nos Estados Unidos ainda em 2023. No entanto, o mercado manteve precificação majoritária por alta de 25 pontos-base nos juros do BC americano na próxima reunião, em março, após a divulgação do documento. Plataforma de monitoramento do CME Group indicava 73% de chances de que o banco central americano suba a taxa básica da faixa atual entre 4,50% e 4,75% para o nível de 4,75% a 5,00%, ou seja, uma elevação de 0,25 ponto porcentual. Já a possibilidade de uma alta mais agressiva, de 50 pontos-base, era de 27%. Ontem, as probabilidades estavam em 76% e 24%, respectivamente.

Antes da ata, os juros longos dos Treasuries acentuaram queda, especialmente na ponta longa, após leilão de US$ 43 bilhões em T-notes de cinco anos do Tesouro americano. Segundo o BMO, a operação teve demanda acima da média.

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