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Treasuries: juros operam em baixa, observando dirigentes do Fed

As autoridades seguem reforçando a intenção de combater a inflação nos Estados Unidos

Treasuries: juros operam em baixa, observando dirigentes do Fed
Foto: Envato Elements

Os rendimentos dos Treasuries operaram em baixa hoje, em uma sessão atenta a discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed). As autoridades seguem reforçando a intenção de combater a inflação nos Estados Unidos, e dão indicações de que o processo de restrição da economia poderá durar ainda por algum tempo. Nesta semana, uma série de dados deverá abrir espaço para maiores interpretações sobre a postura do banco central americano.

Ao final da tarde, o juro da T-note de 2 anos recuava a 4,438%, a T-note de 10 anos tinha baixa a 3,691% e o T-bond de 30 anos tinha queda a 3,735%.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou hoje que a autoridade deverá manter os juros em um nível elevado em 2023 e 2024, e que acredita que chegar na taxa terminal de juros o mais rápido possível é o melhor. Já o dirigente da distrital de Nova York, John Williams, afirmou hoje que a inflação subjacente é mais desafiadora para a economia dos EUA do que a provocada pelos preços das commodities e pelo aumento da demanda nas cadeias de suprimento. Tendo em vista esse cenário, somente reduzir preços das commodities não seriam suficientes para atingir a meta da inflação e sim as políticas de quantitative tightening (QT) sobre a economia em geral.

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Na visão do BMO Markets, os dirigentes do Fed não fizeram nada para retroceder na mensagem consistente de que ainda há trabalho a ser feito para conter as expectativas de inflação. No entanto, em sua visão, embora os investidores não estejam prevendo um rápido retorno à meta de 2% do Fed, o simples fato de o ritmo da inflação ter começado a moderar já é bastante encorajador. “Mais imediatamente relevante durante esta semana será a configuração das folhas de pagamento e o início do processo de precificação para o payroll”, indica.

“No contexto do diferencial de trabalho, seria negligente não mencionar os sinais recentes de arrefecimento em um mercado de trabalho apertado; a última impressão de reivindicações de desemprego revelou uma alta de três meses nos pedidos de benefícios de desemprego”, aponta o BMO Markets. Na visão de Bullard, o mercado de trabalho dos EUA permanece “extremamente forte”, uma vez que a taxa de desemprego de 3,7% é historicamente baixa, o que “dá espaço para buscar reduzir a inflação”. Para ele, uma recessão na economia americana ainda pode ser evitada, e seu cenário base é de crescimento reduzido.

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