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Treasuries avançam de olho em dados dos EUA e política expansionista de Trump

Mercado se preparava ainda para a ata da mais recente reunião de política monetária do BC americano

Treasuries avançam de olho em dados dos EUA e política expansionista de Trump
Juros. (Foto: Adobe Stock)

Os juros longos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) tiveram mais uma sessão de alta nesta terça-feira (7), com o rendimento do T-bond de 30 anos de volta à casa de 4,9%, máximas desde novembro de 2023, após dados resilientes nos Estados Unidos e sinalizações do presidente eleito americano, Donald Trump, de uma política de gastos expansionista.

Neste fim de tarde, o juro da T-note de 10 anos avançava a 4,692% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,920%. O retorno da T-note de 2 anos subia a 4,298%.

A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) adotará uma postura mais conservadora no ciclo de cortes de juros aumentou após dados resilientes, incluindo o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA, que registrou avanço acima das expectativas de analistas consultados pela FactSet e veio acompanhado por avanço expressivo no subcomponente de preços.

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“O vibrante setor de serviços ainda alimenta as brasas da inflação”, escreveram analistas do Wells Fargo em relatório.
Sinalizações de Trump também corroboraram para a dinâmica. Trump disse que adora gastos e defendeu a extensão do teto da dívida americana, ao mesmo tempo em que afirmou que não quer um calote. “Tudo o que quero é que não haja um default”, disse, acrescentando que ninguém sabe o que aconteceria se os EUA não pagassem as suas contas. “Eu só quero ver uma extensão.” Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira em Mar-a-Lago, na Flórida.

Mercado se preparava ainda para a ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, a ser divulgada na quarta-feira, e para o relatório de empregos dos EUA (payroll), na sexta-feira.

A sessão contou ainda com leilão de US$ 39 bilhões em T-notes de 10 anos, com juro máximo de 4,680%, que teve demanda abaixo da média recente, de acordo com o cálculo do BMO Capital Markets. A operação ocorre em meio a uma enxurrada de oferta de títulos soberanos no mercado internacional como as realizadas pelo México e Arábia Saudita.