Tempo Real

Treasuries recuam após falas do presidente do Banco Central dos EUA

Jerome Powell participou em um fórum organizado pelo Banco Central Europeu em Portugal nesta terça-feira (2)

Treasuries recuam após falas do presidente do Banco Central dos EUA
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caíram nesta terça-feira (2), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, chamar atenção para a retomada do processo desinflacionário nos Estados Unidos, apesar do inesperado avanço na abertura de vagas no país.

Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,740%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,430% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,600%.

Durante fórum organizado pelo Banco Central Europeu (BCE) em Portugal, Powell enfatizou que houve “muito progresso” no combate à inflação dos EUA, mas reiterou que a autoridade monetária precisa de mais confiança sobre o processo antes de cortar juros.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

O dirigente também destacou que os riscos agora estão mais equilibrados, o que sugere maior atenção ao mercado de trabalho.

No geral, os comentários ajudaram a consolidar a aposta no mercado de que o Fed abrirá o ciclo de afrouxamento monetário em setembro, conforme apontou plataforma de monitoramento do CME Group. Assim, os rendimentos perderam força em resposta, também em ajuste após a escalada da véspera.

O movimento encontrou certa resistência após a divulgação do relatório Jolts, que mostrou aumento na abertura de postos de trabalho dos EUA para 8,140 milhões em maio. No entanto, o ING avalia que os detalhes do indicador apontam para uma trajetória de arrefecimento do emprego.

Segundo o banco, os pedidos de demissão voluntária estão em baixa e sugere que as empresas não estão mais tendo que pagar salários mais elevados para recrutar trabalhadores, o que tem consequências para a inflação.

“Isso já está provocando um abrandamento nos custos do emprego que pensamos que se intensificará ao longo do segundo semestre do ano e ajudará a abrandar as pressões inflacionárias na economia de forma mais ampla”, argumenta o banco, que espera o primeiro corte de juros em setembro.

Publicidade