Tempo Real

Treasuries sobem enquanto investidores digerem decisão de juros nos EUA

A entrevista coletiva do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também esteve no radar

Treasuries sobem enquanto investidores digerem decisão de juros nos EUA
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) avançaram nesta quarta-feira (18), principalmente os vencimentos longos, enquanto investidores analisavam a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de cortar o juro americano em 0,5 ponto porcentual.

O retorno da T-note de 2 anos subia de 3,615% no fim da tarde de segunda-feira em Nova York para 3,629% em horário similar hoje. A taxa projetada das T-note de 10 anos avançava de 3,659% para 3,712% e a do T-bond de 30 anos tinha ajuste em alta, passando de 3,961% para 4,031%.

Depois de uma reação baixista à decisão, os juros longos dos Treasuries passaram a subir, na medida em que agentes digeriam a decisão em si e analisavam a entrevista coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell, e as projeções dos ‘dot plots’. Os vencimentos mais curtos, por sua vez, mostraram mais ancoragem.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Powell parece ter aliviado as preocupações de que o Fed agiu em preparação para uma crise econômica. O corte e as projeções desencadearam uma alta na demanda por títulos que fez os rendimentos caírem após o anúncio. O banqueiro central disse, então, que não viu sinais de que a economia estava em grandes problemas e que a inflação poderia ser levada à meta de 2% sem grandes perdas de empregos.

Para Chris Low, da FHN Financial, a redução agressiva de hoje move os juros imediatamente para baixo, no entanto, entende que cortar muito rápido agora aumenta o risco de pressões inflacionárias persistirem e, portanto, taxas mais altas no futuro. “Se as taxas forem menores, há um risco de que a inflação seja maior”, diz Low.

Já Salman Ahmed, chefe global de macro e alocação estratégica na Fidelity International, entende que o corte parece ser preventivo. Para o executivo, tanto os ‘dot plots’ quanto os comentários de Powell destacaram mais cautela quando se trata do ritmo e da magnitude da flexibilização da política daqui para frente.

Com informações da Dow Jones Newswires