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Treasuries sobem com sinais de resiliência da economia dos EUA em foco

Alta inesperada de dado da indústria também esteve no radar no mercado na sessão de hoje

Treasuries sobem com sinais de resiliência da economia dos EUA em foco
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operavam em alta nesta sexta-feira (3), em meio a sinais de resiliência da economia americana e após o republicano Mike Johnson conquistar reeleição para a presidência da Câmara dos Representantes dos EUA. Hoje, dado de indústria teve alta inesperada, reforçando perspectiva de atividade robusta nos EUA, o que tende a reduzir expectativas por relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,277%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,598% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,816%.

Os rendimentos americanos operaram voláteis nesta manhã, antes de receberem apoio de dados do PMI industrial dos EUA, que teve alta inesperada a 49,3 em dezembro, na leitura do Instituto de Gestão e Oferta (ISM, em inglês). Analistas do Wells Fargo observam que há sinais de melhora no dado e que o subíndice de produção voltou para o território de expansão, com indícios de que a demanda segue positiva.

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Em relatório, o BMO prevê que uma série de riscos envolvendo o mercado de títulos americanos não deverá impedir novo aumento dos juros dos Treasuries. “A questão central é se o Fed será capaz de manter a positividade da economia real intacta dados os riscos no horizonte macro. O debate entre pouso suave ou forçado parece ter chegado a conclusão de que não haverá pouso nenhum”, pondera o banco canadense.

O Brown Brothers Harriman (BBH) prevê que a divergência econômica e de política monetária dos EUA com outros países continuará a favorecer juros dos Treasuries elevados. Hoje, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que ainda resta trabalho a fazer por parte da autoridade monetária para controlar a inflação nos EUA, mas que o BC americano não precisa ser tão restritivo para terminar a missão. O dirigente defendeu que os juros estão bem posicionados para cumprir os objetivos do banco central.

Além do cenário macroeconômico, os juros dos Treasuries também receberam impulso da reeleição de Johnson para a Câmara dos Representantes dos EUA. O republicano é aliado do presidente eleito, Donald Trump, e foi apoiado por ele em uma disputa acirrada no primeiro turno.

Com informações da Dow Jones Newswires

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