A integração do Credit Suisse ao UBS vai demorar três a quatro anos e será altamente arriscada, afirmou o presidente do conselho de administração do UBS, Colm Kelleher, em reunião anual de acionistas realizada nesta quarta-feira.
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“É preciso entender que há um grande risco na integração desses negócios”, disse Kelleher. O prazo previsto exclui a liquidação de uma carteira não essencial no banco de investimentos do Credit Suisse.
Kelleher garantiu que o UBS se dedicará totalmente ao desafio da integração, mantendo o foco de gerar crescimento principalmente na gestão de patrimônio e ativos. “Nossa estratégia é clara e não se alterou com a aquisição do Credit Suisse.”
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O vice-presidente do UBS, Lukas Gähwiler, por sua vez, disse na reunião que é muito cedo para discutir cortes de empregos e o futuro dos negócios suíços do Credit Suisse. Alguns políticos na Suíça defendem que esses negócios sejam desmembrados para constituir um banco à parte.
Gähwiler afirmou que o UBS irá considerar todas as opções, mas ressaltou que “um desmembramento pode ser mais difícil e demorado, além de menos atraente do ponto de vista financeiro, do que se acredita”. Ainda segundo ele, a marca Credit Suisse será mantida na Suíça no futuro próximo.
Sobre cortes de empregos, Gähwiler disse que a combinação dos dois bancos exigirá mais pessoas, em vez de menos, no curto prazo. “No longo prazo, haverá sinergias”, acrescentou.
A reunião do UBS ocorreu um dia após o último encontro anual de acionistas do Credit Suisse.
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Fonte: Dow Jones Newswires.