O UBS BB rebaixou nesta quinta-feira (15) a recomendação de Braskem (BRKM5) de compra para neutra e reduziu o preço-alvo de R$ 50 para R$ 30, potencial alta de 19% em relação ao fechamento de quarta-feira (14). A expectativa do banco é que os spreads de polietileno (PE) e polipropileno (PP) continuem pressionados nos próximos um a dois anos, enquanto não vê catalisadores positivos no horizonte para o papel.
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Os analistas argumentam ainda que os processos de desinvestimento da Novonor/Petrobras permanecem incertos, sem impacto nas ações da Braskem.
“Embora a normalização dos spreads fosse esperada, pensávamos que isso aconteceria gradualmente ao longo de 2023, não em algumas semanas durante o segundo semestre de 2022, como ocorreu”, escrevem os analistas Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt.
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Eles destacam que os spreads polietileno (PE) / polipropileno (PP) encolheram cerca de 40% e 20%, respectivamente, na segunda metade do ano em relação aos seis primeiros meses de 2022. Para 2023, projetam uma queda adicional de 20% e 2% ante a média de 2022 e quarto trimestre deste ano.
No caso do polietileno, consideram que um ambiente desafiador no segundo semestre antecipou o recuo dos spreads. Já para o polipropileno, um relatório recente da CMA indicou queda norte-americana de curto prazo dos spreads, impulsionados pela desaceleração da demanda e ainda pressionados pela nova capacidade de produção.
“Portanto, não vemos nenhum catalisador futuro para o caso de investimento, pois esperamos que um desempenho menor se traduza em dividendos mais baixos”, concluem.