Vale revisa projeções para investimento em 2025. (Foto: Adobe Stock)
A Vale (VALE3) atualizou, nesta quarta-feira (10), suas projeções de investimentos de capital por tipo e por negócio em 2025, refletindo as iniciativas de otimização do portfólio de projetos da mineradora. O capex (investimentos) total caiu de US$ 5,9 bilhões para uma faixa entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões.
O investimento total para crescimento foi reduzido de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,5 bilhão; o investimento de manutenção caiu de US$ 4,3 bilhões para US$ 4,1 bilhões. Nos investimentos de capital por negócio, os gastos com soluções de minério de ferro foram mantidos em US$ 3,9 bilhões. Já o valor de metais para transição energética recuou de US$ 2 bilhões para US$ 1,7 bilhão.
As demais estimativas divulgadas anteriormente pela empresa permanecem inalteradas.
A Vale também passa a divulgar projeções de vendas em 2025 para o Carajás Médio Teor e para o PFC. O primeiro deve vender 25 milhões de toneladas, enquanto o concentrado deve ser de 24 milhões de toneladas.
Por fim, a mineradora descontinuou e sua projeção de participação de produtos vendidos no portfólio de Soluções de Minério de Ferro. A mudança, segundo a empresa, tem em vista a aplicação da estratégia de maior flexibilidade de portfólio para melhor capturar valor em qualquer cenário de mercado, incluindo a introdução de novas especificações de produtos.
Vale aposta em rotas de baixo carbono e inteligência artificial
O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, disse que a empresa tem buscado formas de gerar rotas de descarbonização que sejam competitivas e eficientes. Segundo o executivo, houve um tempo em que o mercado estava mais voltado para soluções sustentáveis e de descarbonização, mas que no momento atual já não se quer pagar a mais por essas soluções.
“Precisamos ser criativos para criar rotas descarbonizadas mais eficientes”, disse Pimenta se referindo, por exemplo, ao briquete, produto de autoria da Vale que visa menores emissões na siderurgia.
Ele disse ainda que a necessidade de minério no mundo hoje é de 5 a 10 vezes maior do que antes. “Se quisermos avançar em Inteligência Artificial (IA), é impossível sem mineração”, disse.
Mineradora mira dobrar produção de cobre e retomar liderança global
Pimenta disse ainda que a companhia ficou para trás no que chamou de “corrida do cobre”. Ele mencionou a transação em curso entre a Anglo American e a Teck Resources, focada em minerais necessários para a transição energética, e disse que a meta da Vale é dobrar a produção de cobre.
Pimenta, que participa do NeoSummit Cop 30, evento do Neofeed, ressaltou que, ao longo do tempo, a Vale (VALE3) perdeu posição de liderança e que quer retomar a posição de mineradora de ferro mais relevante do mundo.