O lucro líquido da Vamos (VAMO3), empresa de aluguel de máquinas e caminhões, recuou 25% no segundo trimestre de 2023 ante igual intervalo de 2022, para R$ 106,6 milhões. A empresa atribui a queda aos fortes investimentos feitos no último ano, principalmente na compra de novos equipamentos.
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“Foi um movimento planejado. Machuca um pouco o lucro líquido, mas é algo não recorrente”, afirma o CEO da Vamos, Gustavo Couto. Para os próximos trimestres, a expectativa é que os equipamentos comprados comecem a gerar receita. Entre o segundo trimestre de 2022 e o mesmo período deste ano, a frota da companhia cresceu 33%, com R$ 1 bilhão comprado apenas entre abril e junho de 2023 e 85% dos veículos alugados atualmente.
Na ponta positiva, o Ebitda consolidado somou R$ 664,8 milhões no segundo trimestre de 2023, 47,6% maior na comparação anual. Já a receita líquida consolidada cresceu 22,5% na mesma base comparativa, atingindo R$ 1,469 bilhão. A empresa destaca o impulso positivo vindo do setor de locações. A receita líquida do segmento totalizou R$ 773,4 milhões entre abril e junho, alta de 73,1% ante igual período do ano passado.
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Couto explica que os equipamentos alugados têm um payback de cerca de dois anos. Os contratos, por sua vez, duram aproximadamente cinco anos em média. “Isso gera um fluxo de caixa muito recorrente”, diz.
O executivo destaca ainda o crescimento do retorno sobre capital investido (ROIC) que subiu de 14,4% no segundo trimestre de 2022 para 18,6% no mesmo período de 2023. Ele projeta que a taxa deve permanecer estável nesse patamar, enquanto o custo da dívida, atualmente em cerca de 11%, tem diminuído . “O aumento do spread entre o ROIC e o custo da dívida representa uma melhora na rentabilidade, com menor despesa financeira”, diz.
No mês passado, a Vamos promoveu um follow-on em que captou cerca de R$ 870 milhões na oferta primária, que foram direcionados ao caixa da companhia, o que também ajuda a reduzir as despesas financeiras e alavancagem, de acordo com o CEO. A empresa fechou junho com alavancagem, medida pela dívida líquida/Ebitda, de 3,58 vezes ante 3,23 vezes no final do primeiro trimestre de 2023.