Reflexo para cotistas depende da política de alocação de cada fundo. Foto: AdobeStock
O Tesouro Nacional quitou nesta quinta (15) o vencimento dos títulos da dívida atrelado ao IPCA com vencimento em 2025, liberando R$ 155,5 bilhões aos detentores dos papéis. Esse valor sobe para R$ 176,4 bilhões ao somar os pagamentos de cupons. Estão recebendo esses recursos investidores institucionais, com destaque para os fundos de investimento e de previdência que carregavam esse papel em carteira.
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Em março deste ano, os fundos de investimento detinham mais de R$ 1,5 trilhão em papéis da dívida federal interna de R$ 7,2 trilhões, o equivalente a 21,47% do total em mercado, atrás dos bancos (30,47%) e dos de Previdência (24,12%). O restante dos credores são os não-residentes, seguradoras, o próprio governo e “outros”, segundo os dados do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (RMD).
Para os fundos de investimento, os recursos caem diretamente na conta e seus gestores podem optar por reinvestir. O reflexo para o cotista pessoa física, depende da política de alocação e estratégia de cada fundo.
Tesouro Direto fica de fora
Com 33.523 títulos emitidos, a NTN-B 2025 (Nota do Tesouro Nacional série B) tinha um volume financeiro de R$ 149,48 bilhões em março do ano passado, chegando a R$ 153,82 bilhões em março desse ano, o que representa uma rentabilidade de 2,9% no período de um ano.
É válido reforçar que não se trata de uma devolução ao varejo, e sim a grandes investidores institucionais e até pessoas físicas, mas aquelas mais qualificadas com tíquete médio alto. As NTN-B com vencimento em 2025 são títulos que não foram oferecidos no Tesouro Direto, ou seja, não existiu o Tesouro IPCA + 2025.
O último vencimento do Tesouro Direto ocorreu em março, com R$ 10 bilhões do Tesouro Selic, e o próximo será apenas em janeiro de 2026, com o título prefixado de mesmo vencimento.