A XP Investimentos aumentou a sua projeção de taxa Selic no fim do ciclo, de 11,0% para 11,5%, diante do cenário de incerteza global e redução da credibilidade fiscal do País. A corretora espera duas altas de 1,5 ponto porcentual dos juros, em dezembro e fevereiro, seguidas de um aumento de 0,75 ponto em março.
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“O efeito da inflação global e da deterioração fiscal sobre as expectativas de inflação pioram o ‘trade off’ para a política monetária: o BC terá que incorrer em maior volatilidade do produto para a tingir a mesma trajetória de convergência da inflação à meta”, diz a XP, em relatório mensal de macroeconomia.
A instituição reiterou a estimativa de inflação de 5,2% em 2022, acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 5,0%. De acordo com a XP, os vetores que pressionaram a inflação em 2021 – como gargalos de oferta global, reabertura econômica, desvalorização cambial – devem pressionar também o ano que vem.
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No fiscal, a XP prevê um déficit primário de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021, abaixo do esperado pelo Ministério da Economia (-1,1%). Em contrapartida, as despesas com o Auxílio Brasil e demandas políticas como as emendas de relator. A XP espera déficits primários no ano que vem.