A XP reduziu seu preço-alvo para as ações da Engie (EGIE3) de R$ 42 para R$ 40, 4,42% abaixo do fechamento da última quinta-feira (29). A recomendação neutra para a ação foi mantida. O corte no valor se deu após a incorporação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, premissas macroeconômicas atualizadas e o anúncio da aquisição de duas usinas hidrelétricas da EDP.
Em relatório, o analista Bruno Vidal explica que a recomendação neutra foi mantida levando em consideração um valuation (valor do ativo) apertado quando comparado aos pares, o saldo significativo de energia descontratada no médio e longo prazo e projetos relevantes que estão em desenvolvimento, exigindo capex adicional e alavancagem. O analista calcula que o papel é negociado a uma taxa interna de retorno (TIR) real alavancada de 8,7%, considerada “pouco atraente”. A média do setor é de, aproximadamente, 10%.
Vidal pondera que, apesar da questão da energia descontratada, a companhia manteve um impacto neutro no balanço energético, o que, para a XP, representa “uma forte competência em comercialização”, aponta o analista. Além disso, a compra de duas usinas hidrelétricas, o que pode adicionar 334 MW em média na energia assegurada à companhia. A aquisição deve ser concluída no terceiro trimestre de 2025, com um TIR de 8,8%.