A XP Investimentos considera a compra da Amil por José Seripieri Filho é uma operação “altamente complexa” e que pode favorecer uma de suas principais concorrentes, a Hapvida (HAPV3).
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A Amil é a terceira maior operadora de saúde do Brasil, com uma operação diversificada que concorre tanto com operadoras verticalizadas quanto fontes pagadoras de rede aberta, destaca a corretora. Já o comprador é “um veterano do setor com grande experiência em expandir um negócio, mas esperamos que ele também busque ganhos de eficiência, dado o grande endividamento que deverá assumir com a aquisição”, afirmam os analistas da casa, Rafale Barros e Raphael Elage.
Eles esperam que a mudança de controle traga mais racionalidade aos preços praticados no mercado, dado que avaliam que a Amil tem sido muito agressiva em relação à precificação ultimamente.
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“Vemos a aquisição como um divisor de águas para todo o setor de saúde e, caso traga racionalidade ao ambiente competitivo, a Hapvida poderá ser uma das mais beneficiadas”, dizem os analistas.
A Amil tem 3,2 milhões de vidas e 31 hospitais e atua em um modelo parcialmente verticalizado, concorrendo com outros pagadores como o Bradesco (BBDC4) no mercado de PPO e com a Hapvida no mercado de HMO. Atualmente, o nível de sinistralidade da operadora é de aproximadamente 100%, o que pode ser fruto da sua carteira individual, “que conhecidamente não é lucrativa”, destaca o relatório.