O Lucro Líquido Por Ação Diluído Ajustado para o trimestre foi de R$ 2,46, um aumento de 7% contra o trimestre anterior e um crescimento de 22% contra o mesmo período do ano anterior. O Lucro Líquido por Ação cresceu mais rapidamente em relação ao lucro líquido em consequência dos programas de recompra de ações executados, diz a XP no release de resultado.
A receita bruta total foi de R$ 4,7 bilhões de abril a junho deste ano, crescimento de 4% frente ao mesmo intervalo de 2024 e de 2% contra o trimestre anterior, com o varejo puxando o número, segundo a XP. A receita líquida ficou em R$ 4,455 bilhões, alta anual de 6% e de 3% na trimestral.
O retorno sobre o patrimônio médio (ROAE, da sigla em inglês) foi de 24,4% no período, aumento de 223 pontos-base ante ao segundo trimestre de 2024 e de 31 pontos-base frente ao primeiro trimestre.
O retorno sobre o patrimônio tangível (ROTE), o qual exclui ativos intangíveis e ágio e melhor compara o balanço da XP com seus concorrentes locais, foi de 30,1%, aumento de 283 pontos-base em base anual. O ROTE é uma proxy do retorno marginal do capital investido na empresa e mostra o quanto renderia o próximo negócio ou investimento feito.
“Fortalecemos o negócio no trimestre registrando lucro líquido recorde e crescimento do lucro por ação de 22% na comparação anual. Tenho confiança de que estamos no caminho certo e que continuamos trabalhando intensamente para manter o nosso ritmo de crescimento de longo prazo, sempre com o compromisso com a excelência em servir os nossos clientes”, afirma Thiago Maffra, CEO da XP Inc.
O número de total de assessores ligados à plataforma XP (XPBR31), que inclui assessores de investimento, funcionários XP que oferecem assessoria, consultores e gestores de patrimônio, entre outros, atingiu 18,2 mil no segundo trimestre, estável em comparação ao mesmo período do ano passado.
Receita da XP com varejo sobe 9% ao ano
As receitas da XP no segmento de varejo tiveram um aumento de 9% em 12 meses e de 4% no trimestre, com aquelas vindas do segmento de renda variável apresentando alta trimestral, enquanto as de renda fixa encolhem em 12 meses, ilustrando o comportamento do mercado no período em que as operações de captação por empresas recuaram um pouco, enquanto as negociações com ações tiveram pequeno aumento.
De acordo com o release de resultados, divulgado há pouco, a receita com renda variável caiu 8% no ano e subiu 7% no trimestre, para R$ 1,03 bilhão. Já as receitas com renda fixa subiram 20% na comparação anual, mas cederam 3% na trimestral, para R$ 988 milhões.
Já as receitas na plataforma de fundos, a terceira principal linha das receitas no varejo da XP, caíram 4% no ano e subiram 6% no trimestre, para R$ 341 milhões. E a receita Institucional foi de R$ 343 milhões no período, queda de 1% contra o mesmo intervalo do ano passado, e estável contra o trimestre anterior.
A receita de Grandes Empresas & Mercado de Capitais da XP totalizou R$ 547 milhões no segundo trimestre, queda de 13% contra o mesmo trimestre do ano anterior e de 3% contra o primeiro trimestre.
Segundo ainda a XP, no segundo trimestre, apesar do bom volume de ofertas, a receita em mercado de capitais foi 30% menor em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo os R$ 268 milhões e representando redução de 5% contra o primeiro trimestre.
Em contrapartida, acrescenta a companhia, a área responsável pelo relacionamento com grandes empresas apresentou um sólido crescimento, com receita 14% maior frente ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 279 milhões, queda de 1% contra o trimestre anterior.
“Este desempenho se deve à nossa habilidade de oferecer uma ampla gama de soluções aos nossos clientes, especialmente em derivativos e energia”, explica a XP no release que acompanha os resultados.
CEO da XP: estamos perseguindo as projeções para 2026
O CEO da XP, Thiago Maffra, afirmou que a companhia está perseguindo os guidances propostos para o ano que vem, mas que podem ficar próximos aos piso. “Ainda há tempo para chegarmos até o final de 2026 e estamos confortáveis com o previsto”, afirmou em teleconferência para investidores e analistas sobre os números do segundo trimestre.
A companhia tem como guidance fechar 2026 com margem EBT anual entre 30% e 34%, receita bruta entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões e o índice de capital gerencial entre 16% e 19% em 2026.
No primeiro semestre, a XP registrou receita bruta de R$ 9,22 bilhões.
O diretor financeiro da XP, Victor Mansur, acrescentou que a expectativa é de que as receitas subam no segundo semestre, diante de uma elevação de seis dias úteis e que perspectivas de um mercado de capitais mais ativo.
Nesse sentido, ele mencionou o fato de a bolsa ter registrado melhora na atividade no segundo trimestre, que apesar de tímida, já contribuiu para uma melhora na receita com renda variável no período.
O executivo disse ainda que há expectativa de mais operações no mercado primário de renda fixa crédito privado, uma vez que potencialmente mais empresas possam fazer captações de títulos que tem isenção de imposto de renda ao investidor, antes de uma possível tributação no ano que vem.
O índice de Basileia da XP foi para 20,1% no segundo trimestre, um aumento de 115 pontos base contra o trimestre anterior e de 38 pontos base contra o mesmo período do ano anterior. O CET1 (Capital Próprio de Nível 1) se manteve em 18,5%. “Em termos relativos, a XP é a empresa mais capitalizada dos grandes players do mercado financeiro, já que a média da indústria é 12%”, disse.
XP: diretor financeiro diz que empresa esperas distribuir 50% ou mais do lucro líquido em 2025 aos acionistas
O diretor financeiro da XP, Tiago Mansur, afirmou que a XP espera distribuir 50% ou mais do lucro líquido aos acionistas em 2025, lembrando que o índice de Basileia da empresa está em 20% e que a companhia está extremamente capitalizada.
“Devemos anunciar depois do fechamento do terceiro trimestre e isso vai depender do preço de ação”, afirmou Mansur. Segundo ele, será discutido ainda, na reunião de conselho de administração, o quanto será distribuído por meio de recompra e dividendo. Mansur lembrou ainda que a XP já recomprou R$ 1 bilhão em ações este ano e tem um outro programa de recompra de R$ 1 bilhão em aberto, com prazo de 12 meses.