Zagros Capital levanta R$ 693 milhões e coloca o GGRC11 entre os 10 maiores fundos imobiliários de tijolo da B3, com mais de 200 mil cotistas. (Imagem: Adobe Stock)
A gestora de recursos Zagros Capital concluiu na segunda-feira (27) a maior captação de sua história, no montante de R$ 693,3 milhões, por meio do fundo GGR Covepi Renda FII (GGRC11), elevando o patrimônio líquido para R$ 2,4 bilhões. Segundo Pedro van den Berg, CEO da gestora, a operação coloca o GGRC11 em uma posição estratégica, ficando entre os 10 maiores FIIs de tijolo da Bolsa brasileira em ativos, além de entrar na seleta lista dos fundos de tijolo e papel listados na B3 com mais de 200 mil cotistas.
“Entre fundos de tijolo e papel, apenas 16 fundos tinham 200 mil ou mais cotistas. São duas marcas importantes. Tem fundo que é grande e não conta com tantos cotistas porque não possui liquidez. São fundos que vieram do institucional, do private equity. São fundos grandes, mas com poucos cotistas. Nosso objetivo aqui não é só ser um fundo grande e relevante, é ser um popular”, revelou van den Berg, em entrevista à Broadcast.
Segundo a Zagros, a oferta pública primária distribuiu 61.793.998 novas cotas ao preço unitário de R$ 11,22, atraindo 1.023 subscritores. “É uma demonstração de confiança no modelo de gestão do fundo. O interesse institucional foi expressivo, com 16 fundos de investimento adquirindo 52,4 milhões de cotas, representando 84,8% do total ofertado, enquanto 998 pessoas físicas subscreveram 847.428 cotas e nove pessoas jurídicas compraram 8,6 milhões de cotas”, explicou a casa.
Junto ao final da oferta, o fundo anunciou a aquisição de um condomínio logístico em Seropédica (RJ), por R$ 67,9 milhões. Com essa aquisição, o GGRC11 passa a reunir 37 propriedades, sendo 36 ativos imobiliários em operação e um terreno. O empreendimento conta atualmente com 39,7 mil m² de área bruta locável (ABL) em um terreno de 710 mil m², com ocupação 100% garantida por três locatárias: Granado, EPL e Embelleze. O aluguel mensal de aproximadamente R$ 520 mil passa a ser integralmente recebido pelo GGRC11 a partir da data de fechamento da operação.
O executivo reforça o compromisso de ter um fundo grande em patrimônio e número de cotistas, o que ajuda na exposição do fundo e atrai mais investidores. Com isso, seguirá, em 2026, com mais aquisições. “Depois que você passa de um tamanho, crescer é mais fácil. A gente vai crescendo de uma forma organizada e com qualidade. A gente tem negociações de andamento, mas não há nada público. Existe, sim, esse caminho a ser percorrido, a gente já iniciou, mas deve se alongar para o ano que vem. Estou falando que são negociações que vão acontecendo.”