Depois das últimas 36 horas que abalaram o mundo da tecnologia e apagaram quase US$ 1 trilhão nas bolsas mundo afora, os mercados acionários passam por uma recuperação técnica nesta manhã de terça-feira (28) – mas nem de perto o suficiente para compensar as perdas recentes.
Em outros mercados, o dólar avança frente as principais moedas, depois que Donald Trump defendeu tarifas comerciais muito superiores a 2,5% para proteger a economia do país, além de repetir um apelo para que os republicanos reduzam o imposto corporativo para 15%, dos atuais 21%, para fábricas americanas e reclamar longamente sobre importações de automóveis do Canadá e México.
Além disso, os rendimentos dos Treasuries sobem, os contratos futuros do petróleo se valorizam, após caírem quase 2% ontem, enquanto os preços futuros do minério de ferro recuaram levemente em Singapura.
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A pouca representatividade do setor de tecnologia em nosso mercado sugere que o movimento externo não deve ser refletido inteiramente por aqui – ainda que os ajustes positivos inspirem maior apetite por risco e possam impulsionar novamente os ativos locais (o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York subia quase 1,50% no pré-mercado, por exemplo). Entre os direcionadores, em compasso de espera pela decisão do Copom nesta quarta-feira (29), um desempenho melhor na arrecadação de impostos pode amenizar a pressão sobre as contas públicas e contribuir para os negócios.
Agenda econômica
Brasil
Destaque para os dados da arrecadação federal de dezembro e o consolidado de 2024 (10h30), que devem somar de R$ 258,065 bilhões no mês, após R$ 209,218 bilhões em novembro.
EUA
Serão conhecidas as encomendas de bens duráveis (10h30) e o índice de confiança do consumidor (12h).
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