A semana começa com um tom mais negativo no exterior, especialmente diante da cautela nas bolsas europeias, após os resultados das eleições parlamentares da União Europeia mostrarem alternância de poder e levarem a França a antecipar suas eleições legislativas.
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Do lado de cá do Atlântico, no entanto, o clima não é muito diferente e os índices futuros também recuam em Nova York, com investidores ainda receosos sobre como será a próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) depois de dados muito fortes do mercado de trabalho americano na última sexta-feira (7) — confira detalhes nesta matéria. Nesta semana, porém, o consenso é de que o colegiado deverá deixar seus juros inalterados pela sétima vez consecutiva.
Em outros mercados, o dólar e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) têm a terceira alta seguida, os contratos futuros do petróleo se estabilizam após a queda semanal, com o mercado ainda digerindo a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de restaurar a oferta, enquanto os operadores aguardam relatórios do setor. Os preços futuros do minério de ferro estenderam a queda após duas perdas semanais consecutivas, mas com os mercados chineses fechados por conta de um feriado local.
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O ambiente externo pouco ajudará por aqui, aparentemente — e, de fato, o EWZ, o principal ETF brasileiro no exterior, já caía no pré-mercado. Os fortes ajustes na última sexta-feira (7), em decorrência de falas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com representantes do mercado financeiro refletiram as preocupações relacionadas ao ambiente fiscal, uma vez que o Ministro teria afirmado que há um conjunto de alternativas a ser levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso de o crescimento das despesas obrigatórias consumir o espaço para as despesas discricionárias dentro da regra fiscal.
Agenda econômica
Brasil: Nesta segunda-feira (10), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com a nova Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard (11h), e o Banco Central (BC) divulga o relatório Focus (8h25). O presidente do BC, Roberto Campos Neto, será recebido em jantar oferecido pelo Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Na terça-feira (11) é esperado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. Na quarta-feira (12), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65, que confere autonomia orçamentária ao BC, poderá ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Também será revelada a pesquisa de serviços de abril. Na quinta-feira (13), é a vez das vendas no varejo de abril e, na sexta-feira (14), tem a pesquisa industrial mensal regional de abril.
EUA: Destaque para a decisão de política monetária do Fed e a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), ambos na quarta-feira (12). Na quinta-feira (13), é a vez do índice de preços ao produtor (PPI). Finalmente, na sexta-feira (14), será conhecido o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Europa: Nesta segunda-feira, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Robert Holzmann participa de evento organizado pelo Banco Central da Áustria (8h). Na quinta-feira (13), tem a produção industrial da zona do euro e, na sexta-feira (14), a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de painel na 30ª Conferência Econômica de Dubrovnik.
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China: Na próxima terça-feira, serão divulgados os índices de preço ao consumidor (CPI) e produtor (PPI).
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