
Apesar do Federal Reserve (Fed) sinalizar ontem que qualquer aumento da inflação devido às tarifas provavelmente será transitório, abrindo espaço para algum corte de juros ao final deste ano, os principais mercados acionários passam por ajustes negativos mundo afora. Jerome Powell disse que pode esperar por maior clareza sobre o impacto do “Tarifaço” de Donald Trump –que, por sua vez, pediu ao Fed que reduza os juros, enquanto seu governo prepara implementação das tarifas em 2 de abril.
Em outros mercados, o dólar estende o movimento de alta frente a maioria das moedas pelo segundo dia, os rendimentos dos Treasuries caem ainda mais, os contratos futuros do petróleo rondam a estabilidade, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 0,46% na madrugada em Dalian, aos US$ 105,37 por tonelada.
Por aqui, agora com a Selic no maior nível nominal desde outubro de 2016 (14,25%) e a sinalização de continuidade do movimento de alta, os ajustes nas taxas de juros futuras devem ser moderados –inclusive com a possibilidade de leve baixa nos trechos mais curtos. Entre os vencimentos mais longos, determinantes para uma alta sustentável dos ativos de risco, os prêmios devem continuar em alta, especialmente se considerarmos a indefinição no front fiscal, como a ausência do orçamento do ano, por exemplo.
Agenda econômica
Brasil
Além da segunda prévia do IGP-M de março que saiu logo cedo (8h), o Tesouro faz leilões de títulos públicos prefixas (LTN e NTN-F) ainda pela manhã (11h). Entre os eventos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja a Jucurutu, do Rio Grande do Norte, para inauguração da Barragem de Oiticica (11h15), depois cumpre agenda em Fortaleza e retorna à Brasília à noite.
EUA
Serão conhecidos os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego (9h30) e de vendas de moradias usadas (11h).Europa:Destaque para a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) logo cedo (9h).
China
O PBoC, o Banco Central do país, manteve as taxas da chamadas LPRs nos níveis atuais pelo quinto mês consecutivo. As de 1 ano ficaram em 3,1% e as de 5 anos permaneceram em 3,6%.
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