No dia seguinte ao evento mais esperado da semana, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), os principais mercados internacionais seguem em alta, com destaque para o avanço de quase 1% entre os índices futuros em Nova York. Na Europa, porém, alguns mercados recuam em função de resultados corporativos aquém do esperado, embora sem grandes oscilações.
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Na decisão de juros dessa quarta-feira (1º), além de manter (como esperado) os juros inalterados, o presidente da instituição, Jerome Powell, minimizou a perspectiva de novos aumentos, dizendo ser improvável que o próximo passo seja aumentar as Fed Funds (equivalente à taxa Selic no Brasil), apesar da sequência de uma série de dados que apontaram pressões inflacionárias – ainda que não tenha se comprometido com o timing para o início dos cortes.
Para além das bolsas, o dólar recua frente as principais moedas globais, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem, os contratos futuros do petróleo têm alta leve, depois de despencarem quase 4% ontem em reação a um grande salto nos estoques americanos da commodity, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram em Singapura (os mercados da China estão fechados por feriado), anulando as perdas observadas nos três dias anteriores.
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Por aqui, o início da sessão deverá ser marcado por ajustes técnicos, em função do feriado do Dia do Trabalho que manteve nossos mercados fechados nessa quarta-feira. De todo modo, a tendência é positiva, pois além do bom humor externo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em entrevista à CNN Brasil na terça-feira que a inflação está em processo de convergência à meta, com os últimos números um “pouquinho” melhores, enquanto indicadores de serviços intensivos em mão de obra estão melhorando – sugerindo uma postura menos dura no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), agendado para a semana que vem.
Vale notar que, na terceira prévia da carteira teórica do Índice Bovespa, a B3 manteve as ações ordinárias da Vivara (VIVA3), enquanto o Grupo Casas Bahia (BHIA3), que entrou com pedido de recuperação extrajudicial na semana passada, foi excluído do índice – as ações da Auren (AURE3), que entraram na primeira prévia, no entanto, não apareceram nesta terceira versão da carteira, assim como já tinha ocorrido na segunda versão.
Agenda econômica 02/05:
Brasil: O saldo da conta corrente e o IDP de março (8h30), o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) (8h) e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial de abril (10h) são os destaque econômicos pela manhã, seguidos dos dados parciais do fluxo cambial (14h30).
Entre os eventos previstos para o dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra com os Ministros da área de Infraestrutura, Educação e Saúde para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) (9h) e viaja ao Rio Grande do Sul em meio às fortes chuvas no Estado.
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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se (14h) com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e a Câmara Municipal de São Paulo vota, em segundo turno, o projeto de lei que autoriza a adesão da capital paulista à privatização da Sabesp (SBSP3) (15h).
EUA: São esperados os dados semanais de auxílio-desemprego, a balança comercial em março e o custo unitário da mão de obra trimestral, todos no mesmo horário (9h30), além dos dados de encomendas à indústria (11h) e o PMI industrial global de abril (12h).
Europa: O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, participa de palestra da Universidade de Stanford (17h15). Mais cedo, o PMI industrial da zona do euro caiu de 46,1 em março para 45,7 em abril, atingindo o menor nível em quatro meses, mas também melhor que a projeção preliminar e do consenso (em 45,6 em ambos os casos).
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