Estendendo os ganhos da véspera, o tom ainda é positivo nos mercados internacionais, refletindo as expectativas renovadas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai mesmo começar a cortar os juros em junho – isso depois de alguns sinais de enfraquecimento nos dados de serviços dos Estados Unidos, junto da sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que as taxas só cairão quando houver confiança suficiente de que a inflação está indo em direção à meta de 2%.
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Nesse ambiente, o que se vê são bolsas subindo na Europa e índices futuros apontando para a mesma direção em Nova York, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam levemente, mas o dólar cai ante as principais moedas.
Fora dos mercados financeiros, os contratos futuros do petróleo operam perto da estabilidade, mas seguem próximos aos maiores níveis em cinco meses, enquanto os preços futuros do minério de ferro ampliaram as perdas recentes, rumo à mínima em dez meses, com o aumento dos embarques da Austrália, combinado a menor demanda por aço na China – os preços do vergalhão por lá, por exemplo, estão no nível mais baixo desde agosto, um sinal de que a crise imobiliária do gigante asiático está longe de terminar.
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Se por um lado o desempenho das principais commodities não sugere um desempenho destacado de alguns ativos locais, por outro lado o ânimo exibido nos mercados acionários no exterior deve contribuir com o apetite por risco nos demais setores da bolsa – especialmente os relacionados à atividade econômica local.
Agenda econômica:
Brasil: Entre os eventos do dia, o diretor do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, faz palestra à noite em São Paulo. Antes, serão divulgados os dados do setor externo de fevereiro (8h30) e a balança comercial de março (15h), cuja mediana é de superávit de US$ 6,950 bilhões.
EUA: Vários dirigentes do Fed discursam e ainda sairão o saldo comercial (9h30) e os pedidos de auxílio-desemprego (9h30).
Europa: O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da zona do euro subiu de 50,2 em fevereiro para 51,5 em março, atingindo o maior nível em nove meses, segundo pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global, superando a estimativa preliminar e a previsão de 51,1 em ambos os casos.
Já o PMI composto do bloco, que engloba serviços e indústria, avançou de 49,2 para 50,3 no mesmo período, alcançando o maior patamar em 10 meses, também acima da prévia e do consenso, de 49,9.
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Fora da zona do euro, o PMI de serviços do Reino Unido caiu de 53,8 em fevereiro para 53,1 em março, ficando abaixo da leitura preliminar e da projeçãode 53,4 em ambos os casos.
Já o PMI composto britânico recuou marginalmente no mesmo período, de 53 para 52,8, vindo ligeiramente abaixo da estimativa inicial, de 52,9.
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