Mais uma vez, o clima é negativo entre os investidores mundo afora, diante das preocupações em torno da dinâmica das duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, que provocou um sell off (venda acelerada de ativos) que se estende nesta quarta-feira (4) e prejudicou, principalmente, as big techs –as ações da Nvidia caem novamente no pré-mercado e devem ampliar a perda de US$ 279 bilhões em seu valor de mercado observada na terça-feira (3), a maior da história para uma empresa americana. Em meio a este cenário, o que se vê são quedas ao redor de 1% entre as principais bolsas da Europa e índices futuros de Nova York sugerindo perdas um pouco menores.
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Em outros mercados, o dólar recua frente a maioria das divisas, os rendimentos dos Treasuries operam em baixa, os contratos futuros do petróleo caem a cerca de US$ 73 o barril, após o tombo de quase 5% na terça-feira (3), enquanto os preços futuros do minério de ferro estendem as perdas recentes, com desvalorização de 3,09% em Dalian (aos US$ 96,82 a tonelada), se aproximando do menor nível desde 2022, com receios sobre a indústria de aço chinesa.
Essa aversão a risco no exterior e uma nova queda para as principais commodities indicam mais um dia difícil para os ativos locais –podendo resultar na quinta sessão consecutiva em baixa para o Ibovespa. Além disso, o aumento das expectativas sobre uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic na reunião do Copom deste mês, após a surpresa com o resultado do PIB do segundo trimestre acima do esperado, deve contribuir para o ajuste dos ativos.
Agenda econômica
Brasil
Entre os eventos, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à Globo News (8h30), enquanto na agenda de dados destaque para os números da produção industrial em julho (9h), cuja mediana indica recuo de 0,9%, após expansão de 4,1% do setor em junho. À tarde, o Tesouro Nacional faz divulgação referente ao PAF de 2024 (14h30) e uma coletiva sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) de julho (15h).
EUA
Estão programados os dados de julho da balança comercial (9h30), do relatório de abertura de vagas (Jolts) e das encomendas à indústria (11h), além disso o Fed publica o Livro Bege (15h).
Europa
O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da zona do euro avançou de 51,9 em julho para 52,9 em agosto, no maior nível em três meses, segundo pesquisa final divulgada na quarta-feira (4) pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, porém ficou aquémda estimativa preliminar e da previsão de 53,3 em ambos os casos. Já o PMI composto do bloco, que engloba serviços e indústria, subiu de 50,2 para 51,0 no mesmo período, também abaixo da prévia, de 51,2.
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