Na agenda econômica desta terça-feira (4), prevalece o sentimento de cautela por parte dos investidores no exterior. As bolsas europeias operam em baixa, em um dia de agenda local esvaziada, antes da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (6). Os índices futuros das bolsas de Nova York também recuam, enquanto investidores aguardam dados dos EUA sobre criação de empregos e encomendas à indústria referentes a abril.
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No mercado de câmbio, o dólar sobe ante a maioria das moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em baixa pela quarta sessão consecutiva após uma série de dados recentes apoiarem expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), poderá começar a reduzir seus juros básicos em setembro.
Em relação às commodities, o petróleo cai mais de 2% diante de temores de que parte dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) possam ampliar sua oferta — confira detalhes nesta matéria. E o minério de ferro fechou em queda de 2,11%, cotado ao equivalente a US$ 115,14.
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Aqui no Brasil, a queda firme das commodities e a desvalorização das bolsas internacionais devem afetar o desempenho do Ibovespa — que encerrou o quarto pregão seguido em queda na última segunda-feira —, assim como o dólar mais forte no exterior pode pressionar o real. De fato, o EWZ, principal ETF (fundo de índice) brasileiro negociado em Nova York, recuava quase 1% no pré-mercado.
Em termos de indicadores econômicos, a terça-feira (4) é de agenda robusta, com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e das medidas de compensação pela desoneração da folha de pagamentos. Além disso, o Senado pode votar o Projeto de Lei (PL) 914/2024, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e inclui a taxação de produtos importados até US$ 50.
Agenda econômica
Brasil: O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,09% em maio, desacelerando ante o ganho de 0,33% de abril, mas ganhando força em relação ao acréscimo de 0,04% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado superou a mediana das expectativas, de +0,05%. Entre janeiro e maio, o IPC-Fipe acumulou inflação de 1,61%. No período de 12 meses até maio, o índice avançou 2,66%, vindo praticamente em linha com o esperado.
Além disso, hoje será conhecido o PIB do primeiro trimestre (9h) e serão divulgadas as medidas de compensação pela desoneração da folha de pagamentos (10h). O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, participa da coletiva para detalhar o segundo Projeto de Lei Complementar que regulamenta a reforma tributária do consumo (12h30). O Tesouro faz leilão de Notas do Tesouro Nacional — Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado, com rentabilidade seguindo a Selic) (11h). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede coletiva junto com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, em Roma (12h30).
EUA: Nesta terça-feira (4) saem dados de abril do relatório JOLTS sobre a abertura de postos de trabalho (11h) e as encomendas à indústria (11h). A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, testemunha no Senado americano sobre orçamento do ano fiscal de 2025 (15h30).
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