A semana vai chegando ao fim com os principais mercados estendendo os ganhos recentes, com os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias com ganhos superiores a 0,50% na maioria dos casos – assim como os mercados da Ásia também fecharam em alta, na esteira do balanço da Apple, e antes do relatório de emprego americano.
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Há, no entanto, uma grande expectativa com os dados do mercado de trabalho americano, que podem estimular ainda mais o desempenho dessas praças, dependendo dos resultados publicados – a estimativa mediana é de que a criação de vagas de emprego desacelere para 225 mil postos em abril, após 303 mil vagas geradas em março.
Caso confirmada, essa desaceleração tende a reforçar as apostas recentes de que, além de os juros americanos não subirem neste ano, possa haver espaço para o início de um ciclo de afrouxamento das Fed Funds (equivalente à taxa Selic no Brasil) em algum momento no segundo semestre do ano.
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Em outros mercados, o dólar perde força frente a outras moedas, os rendimentos do Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam moderadamente, após o juro da T-note de 2 anos tocar mínimas de três semanas e ficar abaixo dos 4,9% nessa quinta-feira, os contratos futuros do petróleo operam em alta modesta, mas não o suficiente para reverter o desempenho negativo da semana, enquanto os preços futuros do minério de ferro fecharam a sessão em leve queda em Singapura.
Esse humor do exterior também deveria se refletir nos ativos brasileiros, enquanto os dados da produção industrial doméstica em março devem ser fatores adicionais para a determinação do rumo dos negócios – a expectativa mediana é de alta de 1,4% em março ante fevereiro, mas de um recuo de 2,2% na comparação interanual, o que corroboraria a extensão do ciclo de cortes de 0,50 pp na Selic durante o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Do ponto de vista corporativo, as ações da Vale (VALE3) podem mostrar maior volatilidade, diante da notícia de que a mineradora Glencore está considerando fazer uma oferta pela Anglo American – lembrando que, na semana passada, a mesma Anglo American rejeitou uma proposta de compra da BHP.
Agenda econômica 03/05:
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Brasil: O Banco Central (BC) divulga o estoque de crédito (8h30) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a produção industrial de março (9h). Entre os eventos, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no gabinete da pasta em São Paulo (10h) e à tarde com empresários da indústria.
EUA: Destaque absoluto para o relatório de emprego, o payroll, ainda antes da abertura dos negócios (9h30), seguido pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da S&P Global (10h45).
Europa: A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 6,5% em março, repetindo o nível de fevereiro, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pela Eurostat, em linha com a previsão. A instituição calcula que havia 11,087 milhões de desempregados na zona do euro em março e, em relação a fevereiro, o número de pessoas sem emprego teve uma queda de 94 mil.
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