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Segundo levantamento da Ágora Investimentos, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) apresentaram a maior alta do Ibovespa, com uma valorização de 61,7% no acumulado do mês. Os ganhos têm relação direta com a inconsistência financeira da Americanas, que colocou a varejista na mira dos investidores e beneficiou Magalu.
“Esse mês de janeiro houve claramente um movimento migratório com os investidores saindo de Americanas e entrando em Magazine Luiza. De certa forma, a dinâmica de competição arrefeceu com a entrada da Americanas no processo de recuperação judicial”, informou a Ágora em relatório ao E-Investidor.
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Por esse motivo, a valorização é vista apenas como apenas um “ajuste técnico” de MGLU3 diante do seu histórico de perdas e não em virtude da melhora do seu fundamento de investimento. Desde 2021, as ações seguem em um movimento de queda diante da piora no cenário econômico com juros elevados e inflação reduzindo o poder de compra do consumidor.
“Vale lembrar que, em outubro de 2022, as ações da Magalu estavam a R$ 4,75 e fecharam o ano a R$ 2,74. Essa é uma queda superior a 40%. Se a olharmos para um prazo maior, de outubro de 2021 a dezembro de 2022, o papel sofreu uma desvalorização de 80%”, afirma Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos.
Já as ações da CSN Mineração (CMIN3) e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) apareceram logo em seguida, com uma valorização de 30,9% e de 27,2%, respectivamente. Mas ao contrário da Magalu, a boa performance foi reflexo do exterior, com o anúncio da flexibilização da economia da China repercurtindo de forma positiva no preço do minério de ferro.
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“Por que a CSN se recuperou mais do que a Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4)? Porque a ação sofreu muito no ano passado com a alta dos juros e a companhia é muito mais alavancada que seus pares”, diz Mário Goulart, analista CNPI e criador do canal do YouTube “O Analisto”.
As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) também entraram na lista com ganhos de 25,4% no acumulado de janeiro. Segundo a Ágora Investimentos, a companhia se beneficia com a deterioração do cenário macroeconômico e com as perspectivas mais altas para inflação em virtude da sua maior exposição a produtos de formato mais “premium” e da sua melhor dinâmica de capital de giro.
“Além disso, esse mês de janeiro, o conselho de administração da empresa aprovou proposta de redução do seu capital social mediante entrega de ações do Éxito (varejista de alimentos listado com operações na Colômbia, Argentina e Uruguai.) aos seus acionistas, no âmbito da segregação dos negócios entre as companhias”, informou a Ágora em relatório ao E-Investidor.
A notícia foi bem recebida pelo mercado por gerar valor no longo prazo e melhora na estrutura de capital da companhia. As ações da Natura (NTCO3) também entrara na lista com uma queda de 25,3% no acumulado de janeiro.
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