Os mercados americanos viraram para o campo positivo no início da tarde: o Dow Jones lidera os ganhos, enquanto o S&P 500 acompanha com leve alta e o Nasdaq também se recupera, após a pressão recente sobre o setor de tecnologia. A melhora é sustentada pela queda nos rendimentos dos Treasuries e pelas falas mais dovish — ou seja, com tom favorável à flexibilização monetária — de dirigentes do Federal Reserve, que aumentaram as expectativas de corte de juros em dezembro. Ainda assim, o ambiente segue volátil, com PMIs fracos na Europa e petróleo recuando mais de 2% diante de sinais de avanço nas negociações para um plano de paz na Ucrânia. O dólar oscila frente às principais moedas, mantendo pressão sobre emergentes.
No Brasil, o Ibovespa recua em ajuste ao desempenho negativo das bolsas globais na véspera e à baixa das commodities, especialmente o petróleo. A retirada das tarifas adicionais sobre produtos brasileiros pelos EUA trouxe algum alívio, mas não compensa o mau humor externo e as preocupações fiscais locais.
Às 14h15, o Ibovespa caía 0,47%, aos 154.655 pontos, enquanto o dólar avançava 1,59%, cotado a R$ 5,42, acompanhando o movimento internacional. Os juros futuros apresentam viés positivo, principalmente nos vencimentos curtos e médios.
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Entre as ações do Ibovespa, frigoríficos se destacam na contramão do mercado, apoiados pela decisão dos EUA de ampliar a lista de produtos brasileiros isentos de tarifas, beneficiando exportadores de carne. Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) registram leves altas, enquanto JBS (JBSS32) avança em Nova York. Já bancos sofrem com o clima de aversão ao risco global e incertezas sobre a política monetária americana, com BTG Pactual (BPAC11) liderando as quedas. No setor de commodities, Petrobras (PETR3; PETR4) recua acompanhando o petróleo, mesmo com pagamento de dividendos hoje. Braskem (BRKM5) também perde força após notícias sobre possível calote de sua subsidiária mexicana.
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