A maioria das bolsas internacionais opera em alta nesta quarta-feira (15), apoiada pelos comentários do diretor do Federal Reserve, Stephen Miran, que reforçou a projeção de dois cortes adicionais nos juros americanos ainda este ano. A sinalização dovish do Fed, somada aos sólidos resultados trimestrais de grandes bancos por lá, sustenta o apetite por risco, enquanto o dólar recua frente às principais moedas. Nos Treasuries, os rendimentos curtos sobem, enquanto os longos permanecem estáveis, e o petróleo registra queda moderada após ajustes recentes.
Por aqui, o Ibovespa tenta se firmar acima dos 142 mil pontos, apoiado pelo fluxo estrangeiro e pela valorização de ações ligadas ao consumo, após a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE vir em linha com as expectativas, reforçando a leitura de desaceleração ainda saudável da economia. Por volta das 13h30, o índice subia 0,48%, aos 142.358 pontos, enquanto o dólar recuava 0,41%, cotado a R$ 5,45. Os juros futuros mostram estabilidade na ponta curta, refletindo a resiliência da atividade doméstica e a expectativa de manutenção da Selic por mais tempo.
Entre as ações do Ibovespa, Eletrobras (ELET3) lidera os ganhos após anunciar a venda da Eletronuclear para a J&F por R$ 535 milhões, movimento visto como positivo por reduzir riscos e abrir espaço para dividendos extraordinários. No setor de infraestrutura, EcoRodovias (ECOR3) avança com a extensão da concessão das rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, enquanto varejistas sobem após dados do IBGE sinalizarem recuperação do comércio. Bancos também registram alta, apoiados pelo otimismo com resultados trimestrais, mas Petrobras (PETR3; PETR4) oscila diante da expectativa de corte nos preços da gasolina e da queda do petróleo. Já Embraer (EMBR3) recua, refletindo realização de lucros após forte valorização na véspera.
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