A sessão desta quinta-feira ainda foi de elevada volatilidade para os juros norte-americanos, com natural impacto nos demais mercados. Investidores hoje acompanharam a publicação de um novo dado de inflação nos EUA, o índice de preços ao produtor. O indicador teve alta mensal de 0,2% em março, um pouco abaixo do consenso das projeções (+0,3%). No entanto, quando analisado o núcleo do PPI, houve avanço anual de 2,4%, um pouco acima da previsão de 2,3%.
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Na sequência, novos comentários de dirigentes do FED foram interpretados como duros pelo mercado, levando os rendimentos dos treasuries para o campo positivo. O yield do título de 10 anos, por exemplo, chegou a 4,57%. Nas bolsas norte-americanas, o dia também foi de volatilidade, mas com sinal positivo prevalecendo no final do dia, em um movimento de recomposição de preços. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu por manter as taxas de juros inalteradas e na sequência, em discurso, a presidente da instituição Christine Lagarde deixou claro que não vai esperar o Federal Reserve (FED) para iniciar seu ciclo de relaxamento.
Isso reforçou a expectativa do mercado por um corte de juros na zona do euro em junho, mas não tirou as bolsas da região do vermelho. No Brasil, em nova sessão de abertura da curva de juros, investidores seguiram reduzindo a exposição ao risco, levando o Ibovespa a fechar o dia em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos e volume financeiro de R$ 19,4 bilhões. Nem mesmo o dado de vendas no varejo, com crescimento de 1% na variação mensal, acima da previsão de queda de 1,3%, foi o suficiente
para dar fôlego aos ativos. No mercado de câmbio, o dólar avançou 0,24%, aos R$ 5,09. Amanhã, a
agenda de indicadores reserva a pesquisa mensal de serviços no Brasil.
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